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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"Como eu me desiludo com os seres humanos!"



Confio nos seres humanos e só me desiludo. porque será que sou assim?
Principalmente com seres de minha própria família.
Ser a última a saber dos que se passa em meu próprio meio, é convenhamos no mínimo sentir uma alta doze de desprezo. E tem coisa pior que esse sentimento que no dicionário quer dizer ::..
1. Acto!Ato ou efeito de desprezar.
2. Falta de apreço ou de consideração por algo ou alguém; sentimento de superioridade em relação a algo ou alguém. = desconsideração, desdémapreço, consideração, estima
3. Sentimento de repulsa ou aversão.
Hoje me sinto assim desprezada pelos meus. E isso não me faz nada bem. Isso me leva a pensamentos ruins e me deixa profundamente magoada e triste.
Eu que só quero o bem do meu próximo. Eu que sempre tenho minha vida como  um livro aberto. Não consigo entender a razão dessa atitude tão insignificante, mesmo porque são pessoas que fazem parte da minha vida. Que pena, que pena mesmo o que sinto é uma grande compaixão por elas, pobres coitadas e ignorantes de fé e amor. Pessoas que colocam o centro de suas vidas em outros poderes que não o de Deus.
E assim vou, caminhando me iludindo e me desiludindo. Sempre à procura do amor, da paz, da esperança e da verdade. E essa  verdade, eu, só encontro em Deus e não deposito confiança nos homens.

A desilusão

Vamos pela vida intercalando épocas de entusiasmo com épocas de desilusão. De vez em quando andamos inchados como velas e caminhamos velozes pelo mar do mundo; noutras ocasiões – mais frequentes do que as outras – estamos murchos como folhas que o tempo engelhou. Temos períodos dourados, em que caminhamos sobre nuvens e tudo nos parece maravilhoso, e outros – tão cinzentos! – em que talvez nos apetecesse adormecer e ficar assim durante o tempo necessário para que tudo voltasse a ser belo.
Acontece-nos a todos e constitui, sem dúvida, um sinal de imaturidade. Somos ainda crianças em muitos aspectos.
A verdade é que não temos razões para nos deixarmos levar demasiado por entusiasmos, pois já devíamos ter aprendido que não podem ser duradouros.
A vida é que é, e não pode ser mais do que isso.
Desejamos muito uma coisa, pensamos que se a alcançarmos obtemos uma espécie de céu, batemo-nos por ela com todas as forças. Mas quando, finalmente, obtemos o que tanto desejávamos, passamos por duas fases desconcertantes. A primeira é um medo terrível de perder o que conquistámos: porque conhecemos o que aconteceu anteriormente a outras pessoas em situações semelhantes à nossa; porque existe a morte, a doença, o roubo…
A segunda fase chega com o tempo e não costuma demorar muito: sucede que aquilo que obtivemos perde – lentamente ou de um dia para o outro – o encanto. Gastou-se o dourado, esboroou-se o algodão das nuvens. Aquilo já não nos proporciona um paraíso.
E é nesse momento que chega a desilusão, com todo o seu cortejo de possíveis consequências desagradáveis: podem passar-nos pela cabeça coisas como mudarmos de profissão, mudarmos de clube, trocarmos de automóvel ou de casa, divorciarmo-nos… E, então, surge o desejo de partir atrás de outro entusiasmo: queremos voltar a amar…
Nunca mais conseguimos aprender o que é o amor.
Se nos desiludimos, a culpa não está nas coisas nem está nas outras pessoas. Se nos desiludimos, a culpa é nossa: porque nos deixámos iludir; porque nos deixámos levar por uma ilusão. Uma ilusão – há quem ganhe a vida a fazer ilusionismo – consiste em vestir com uma roupagem excessiva e falsa a realidade, de modo a distorcê-la ou a fazê-la parecer mais do que aquilo que é.
Quando nos desiludimos não estamos a ser justos nem com as pessoas nem com as coisas.
Nenhuma pessoa, nenhuma das coisas com que lidamos pode satisfazer plenamente o nosso desejo de bem, de felicidade, de beleza. Em primeiro lugar porque não são perfeitas (só a ilusão pode, temporariamente, fazer-nos ver nelas a perfeição). Depois, porque não são incorruptíveis nem eternas: apodrecem, gastam-se, engelham-se, engordam, quebram-se, ganham rugas… terminam.
Aquilo que procuramos – faz parte da nossa estrutura, não o podemos evitar – é perfeito e não tem fim. E não nos contentamos com menos de que isso. É por essa razão que nos desiludimos e que de novo nos iludimos: andamos à procura…
De resto, se todos ambicionamos um bem perfeito e eterno, ele deve existir. Só pode acontecer que exista. Mas deve ser preciso procurar num lugar mais adequado.
Paulo Geraldo

 "DESILUSÃO...

"...Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. ...Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda ...É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele..." (Clarice Lispector)


Mesmo assim que seu dia seja de fé, esperança e amor!
Rosane!

3 comentários:

  1. Espero que esteja melhor...obrigada pelas palavras de carinho e a participação no sorteio do blog. Beijocas.

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  2. oi Ro- desculpa a flata de tempo para vocês amigas - eu tô numa correria e tenho que desacelerar-
    vim fazer um convite especial RÔ - participar do meu sorteio de casal de mineirim - lá no meu bloguito
    bjs

    ResponderExcluir
  3. Rô,

    Li o texto de "Paulo Geraldo" e o seu, no início do post.

    Olha, não sei se é você, especificamente, que está vivenciando este momento tratado nos textos. Mas, digo uma coisa: não é só você, não. Há tantas pessoas por aí, que se dedicam aos pais, irmãos, tios, repentinamente, o que recebem é muito mais do que desprezo: traição. Digo isso por experiência própria.

    Por isso, Rô, se você está passando por isso, sei mais ou menos o que você está passando. Mas se apegue a Deus, Ele jamais desprezou a quem o busca.

    Beijão

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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