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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Depressão masculina, você tem 5 minutos hoje?


Vincent van Gogh, que sofria de depressão e cometeu suicídio, pintou o quadro acima em 1890 de um homem que emblematiza o desespero e falta de esperança sentida na depressão.




Depressão masculina


A depressão masculina é um tema menos falado do que a feminina porque os homens são resistentes em tocar nos seus problemas e tendem a mascarar a depressão por uma série de caminhos. Por exemplo, um homem deprimido diz que está com déficit de memória. Outro diz que está com insônia. Sabe-se que déficit de memória, raciocínio lento, insônia, etc, são todos sintomas de depressão e, só pelo preconceito masculino, ele prefere dizê-la assim. Outros, claro, por desconhecimento e falta de contato com seu self. Mas, o mascaramento forma, sem dúvida, um índice alto e é preciso que os homens tomem contato com isso. Outros sintomas da depressão masculina e feminina também ficam por conta de embotamento emocional, falta de interesse por afetos (filhos, amigos, mulheres), falta de interesse pelo trabalho, apatia geral, perda da libido, alterações do apetite (para mais ou para menos), sonolência excessiva, cansaço geral, etc. A depressão tem, geralmente, e como primeiro sinalizador, uma tristeza infinda e até este sintoma, os homens costumam mascarar (a tristeza é feminina no conceito masculino) e, então, eles a transformam numa raiva e irritação crônica que acaba confundindo os profissionais menos desavisados. As mulheres são mais afetivas e buscam se curar da tristeza procurando afetos substitutos — amigas, trabalhos assistenciais, trabalhos manuais — cestaria, tecelagem, pintura, etc; já os homens se isolam de todos e tendem a agir com agressividade.

E as causas da depressão? A depressão tem causas existenciais e funcionais. Dentre as funcionais, os neurotransmissores — serotonina, norepinefrina, dopamina e outros têm um bom peso. Neurotransmissores são substancias que carregam os impulsos nervosos de um neurônio para outro, fazendo as conexões. Se, por alguma irregularidade, genética ou não, os neurotransmissores sofrem qualquer abalo pode aparecer a depressão ou outro problema psicológico. Hoje, sabe-se que a queda de neurotransmissores no organismo pode ser provocada também por estados constantes e desfavoráveis de vida — desapoio, desconsiderações, desconfirmações assíduas e perenes — podem abalar profundamente nosso estado de alma. Então, a postura mais exata atual é afirmar que a psique influi em nosso corpo e nosso corpo influi em nossa psique.
Na depressão masculina, vê-se também um grande contingente de homens recorrendo ao álcool para camuflar a tristeza; só que seu uso constante só faz agravar os sintomas do mal. Outros recorrem ao fumo, às drogas, a noitadas fora de casa com amigos, ao sexo compulsivo.A depressão, por um motivo ou outro, tem que ser tratada. Há um risco de 15% de suicídios nas depressões não tratadas (principalmente nos homens). Fora deste encaminhamento extremado, sabe-se também que a depressão masculina favorece mais do que o dobro de chances do homem desenvolver doenças cardíacas, câncer, diabetes e outras doenças, além de provocar um envelhecimento masculino mais acelerado e uma deficiência de testosterona. Vale ressaltar, finalmente, para os homens que a depressão não é sinal de fraqueza (que em nossa cultura ainda é proibitiva aos homens) , mas que sim, trata-se de um problema para o qual há tratamento e atendimento. Isolar-se é o pior.


Fonte: www.psicologiapravoce.com.br Onete Ramos Santiago, Psicóloga contatos: oneters@matrix.com.br





Vamos refletir um pouquinho?...


O TEMPO É IGUAL PARA TODO MUNDO.
A DIFERENÇA É O QUE VOCÊ VAI FAZER COM ELE.
© McCann Erickson





VOCÊ AÍ, TEM 5 MINUTOS HOJE?



- Tardi, Dotô.
- Boa tarde. Sente-se.
- Careci não. Ficu di pé, memo.
- Sente-se para eu poder examinar.
- O Dotô é quem manda.
- Mas fale-me. O que está acontecendo?
- Ai, Dotô! Mi dá umas dor di veiz in quandu.
- Que dor?
- Aqui, óia. Nu estromagu. Beeem lá nu fundinhu.
- Forte?
- As veiz. Trasveiz é anssim ó, di mansinhu.
- E o que você faz?
- Tem veiz que eu cantu. Trasveiz eu vô pra cunzinha fazê um bolu.
- Tem outra dor?
- Tenhu, sim, Dotô. Aqui, ó. Pertu dus óio.
- E essa é forte?
- Também é forte não. Quandu ela dá eu cunversu cas vizinhas I passa.
- Outra?
- Tenho sim senhô. Aqui. Anssim, nu meio das custela, pareci nu coração. Dá uns apertu aqui, ó.
- E você faz o que?
- Tem veiz qui eu choru. Trasveiz eu ficu anssim, muitu da queta pra vê si passa.
- E passa?
- As veiz. Trasveiz eu vô pra pracinha. Lá eu sentu num bancu vê as criança brincá prá esperá passá.
- Você mora com alguém?
- Moru não, Dotô. Sô sunzinha nessi mundão di Deus.
- Não tem família?
- Aqui tenhu não. Minha famia é todinha du interiô du sertão, pertinhu de Urandi, lá quasi Im Minas. I vim sunzinha pra Sum Paulu tentá a vida.
- E você faz o que?
- Óia, Dotô. Eu já fiz um cadinhu di tudu nessa vida.
Já trabaiei numa firma di limpeza, já cuidei di criança. Já trabaiei numa casa di genti rica.
Agora eu trabaio cuma mocinha qui mais viaja qui fica Im casa.
Ela avua num avião di dia I di noiti. Aí eu ficu sunzinha.
- Você mora com ela?
- Moru sim, Dotô. Ela dexa eu drumi num quartinhu lá nus fundu da casa.
- Sabe cozinhar?
- Oxa is não! Cunzinhu muitu du bem! Coisa mais simpres anssim I
Coisa mais di genti chiqui.
- Gosta de crianças?
- Ô, seu Dotô. É as criaturinha mais anjinha qui Deus botô nu mundu!
- Qual o seu nome mesmo?
- Óia, Dotô. Eu num gostu muitu, mas a modi agrada a santa, minha mainha botô Crara.
- Dona Clara. Eu sei o que a senhora tem.
- Comu anssim, si o Dotô nem incostô im mim?
- O que a senhora tem Dona Clara, chama-se solidão e é a causadora de toda essa tristeza.
- I issu mata, Dotô?
- Ás vezes, sim. Mas, no seu caso bastam amigos, alguns remédios e um pouco de carinho. Dona Clara. Vai parecer estranho e nem eu mesmo entendo porque estou fazendo isso, Mas minha esposa está grávida e nosso segundo filho é para o mês que vem. Já temos uma menina. E até hoje é minha esposa que cuida de tudo. Porém, com o bebê pequeno precisamos de alguém que cuide da casa.
Que tal ficar conosco?
- Oxa si não! Óia, Dotô. Nunca fizeram issu pur mim não. Vixe!
Vai sê coisa muitu da boa ficá cum oceis. I careci di morá lá, Dotô?
- Sim. Temos um quarto vago, no apartamento. Podemos tentar por uns meses.O que acha?
- Dotô. É Anssim como tê famia, né?
- Quase.
- Dotô. Eu num vô mais sê sunzinha. Vixe! Deus lhi pague, Dotô, a modi qui carinhu anssim, nem mainha mi dava.
- Vamos testar. Combinado?
- Cumbinadu. Dotô. Careci di eu fazê uma pregunta. Eu num vô mais senti essas dor?
- Vamos combinar uma coisa ? O dia que sentir essa dor você me procura.
- Prá modi du senhô mi inxaminá?
- Não. Prá modi nóis trocá dois dedinhu di prosa. -------------------------------------------------


Mais de 400 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão.A maioria dos pacientes deprimidos que não é tratada irá tentar suicídio pelo menos uma vez e 17% deles conseguem se matar.Com o tratamento correto, 70% a 90% dos pacientes recuperam-se da depressão. Aproximadamente 2/3 das pessoas com depressão não fazem Tratamento e dos pacientes que procuram o clínico geral apenas 50% são diagnosticados corretamente.Segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde a depressão é mais comum no sexo feminino, afetando de 15% a 20% das mulheres e de 5% a 10% dos homens



Fonte:

http://www.psiqweb.med.br





Não custa nada a gente "tirar" um tempinho da nossa vida e dar atenção ao próximo! Vamos refletir sobre isso!





Rosane








6 comentários:

  1. Poxa que lindo, Vovó!
    Taí uma boa idéa pro fim-de-semana, visitar minhas tias, ir conversar com minha vizinha que mora só... Um pouco de atenção faz bem a todo mundo, inclusive a mim... Muito bom o post, muito bom!

    Que Deus a abençoe...
    Beijos!

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  2. Gostei muito do texto sobre depressão masculina. Tenho um amigo que até dia desses estava com deprê. Quanto mais informação sobre o tema melhor.

    E que maravilha o texto dos cinco minutos rsrs.

    Bj e Bom resto de semana!
    Inté!

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  3. Realmente a depressão é problema sério e exige tratamento e muita compreensão dos mais próximos.
    Cadinho RoCo

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  4. Que lindo texto e quanta informação!
    Eu sempre que posso, concedo muito mais do que 5 minutos emprestando meus ouvidos a quem precisa, procuro fazer a minha parte naquilo que posso, mas é uma situação difícil de lidar, seja depressão feminina ou masculina...

    Beijão, mãezinha!

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  5. Agradeço por publicar meu conto em seu blog.

    http://sandrapontes.com/?p=594

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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