Começarei por essa pergunta - "QUEM ME INCENTIVOU A LER?"-
Falar de Monteiro Lobato me leva sentir o cheiro gostoso da minha infância. Digo cheiro pois me recordo de minha avó Regina, mãe de minha mãe, aquela que mais me incentivou a ler, aquela que me deu meu primeiro livro., aquela que mesmo não sabendo ler cultivava em seu íntimo o sabor gostoso da leitura. Me dizia com frequência; "QUEM NÃO LÊ NÃO CRESCE NA VIDA". Mas antes, bem antes de morrer vovó já conseguia juntar as letras e lia até anúncios dos jornais.
Pequena ainda fiz o alfabeto para ela em letras grandes, pintado de lápis de cor vermelho cada letra do alfabeto e juntas íamos soletrando cada uma e depois juntando para formar as palavras. Foi difícil, pois o sutaque italiano atrapalhava um pouco, mas ela conseguiu e conseguiu também aprender as quatro operações.
Cheiro de infância porque me leva a uma época tão maravilhosamente boa, sinto até hoje o cheirinho gostoso que os livros tem. Meu pai sempre vinha do trabalho com um novo livro, pois vovó dizia a ele - A MENINA JÁ ACABOU DE LER O LIVRO, TRAGA OUTRO - e assim agradeço meu gosto pela leitura a Ela a Pequena grande mulher, minha vovó Regina a mulher mais cheirosa que já conheci.
O primeiro livro de Monteiro Lobato que me vem a memória é " O JECA TATU ". Ficou para sempre guardado em minha mente, pois tratava de um assunto muito delicado, a situação do homem do campo.
Nos dias de hoje poderiamos dizer que muita coisa não mudou, é só lermos as notícias dos jornais e da TV que confirmaremos que quase nada mudou. Muito pelo contrário, o homem do campo veio para as grandes cidades e tudo piorou mais ainda, continuamos sem assistência médica mínima necessária ao ser humano. Assim como ele Monteiro Lobato um dia, ao herdar de seu avô a Fazenda Buquira, no Vale do Paraíba(SP) desentende-se com seus empregados considerando os mesmo preguiçosos demais para ter uma boa qualidade de vida. Lobato em 1914 escreve dois artigos no Jornal O Estado de São Paulo criticando os caboclos do interior, criando assim a figura Eternizada do JECA TATU, aquela figura que ficava de cócoras , magro e barrigudo, sujo, de pés no chão, o homem preguiça em pessoa, com barba rala, camisa xadrez, chapéu esfarrapado, com seu cachorro magro e cheio de berne ao lado, assim era a figura do caboclo brasileiro, piolho da terra. Daí surgiu o significado de Jeca que virou sinônimo de bobo, ingénuo.
Mal sabia ele que esse mesmo caipira, barrigudo e preguiço, o seu JECA era um sujeito doente e lotado de vermes porque não usava sapatos, comia mal e não tinha a mínina vontade de viver.
Lobato percebeu que seu Jeca ou que os caipiras e barrigudos com tantas doenças não tinham outra opção a não ser ficar a margem da vida. Ao perceber o grande equivoco e ofensa que havia cometido pede desculpas. Sendo assim, escreve novas histórias nas quais o Jeca conseguiu curar suas doenças, comprou uma fazenda e ficou rico. A figura foi utilizada pelo político Rui Barbosa, que fê-lo símbolo do descuido dos governos para com a população.
Quem que tem a minha idade ou mais e não tomou o fortificante BIOTÔNICO FONTOURA ? Minha avó não deixava me dar uma colherada antes do almoço e uma antes do jantar (que por sinal era uma delícia).
E assim a figura eternizada do Jeca Tatu, para as crianças foi tranformada em quadrinhos. Recorde aqui essa maravilhosa obra imortal de Lobato.
Esse foi um dos primeiros livros que me recordo ter lido, depois vieram outros de sua coleção infantil, os quais achei no site abaixo que é clicar e você lembrara lendo o resumo:-
Literatura infanto-juvenil
1 – Reinações de Narizinho
2 – Viagem ao céu e O Saci
3 – Caçadas de Pedrinho e Hans Staden
4 – História do mundo para as crianças
5 – Memórias da Emília e Peter Pan
6 – Emília no país da gramática e Aritmética da Emília
7 – Geografia de Dona Benta
8 – Serões de Dona Benta e História das invenções
9 – D. Quixote das crianças
10 – O poço do Visconde
11 – Histórias de tia Nastácia
12 – O Picapau Amarelo e A reforma da natureza
13 – O Minotauro
14 – A chave do tamanho
15 – Fábulas
16 – Os doze trabalhos de Hércules (1º tomo)
17 – Os doze trabalhos de Hércules (2º tomo)
1 – Reinações de Narizinho
2 – Viagem ao céu e O Saci
3 – Caçadas de Pedrinho e Hans Staden
4 – História do mundo para as crianças
5 – Memórias da Emília e Peter Pan
6 – Emília no país da gramática e Aritmética da Emília
7 – Geografia de Dona Benta
8 – Serões de Dona Benta e História das invenções
9 – D. Quixote das crianças
10 – O poço do Visconde
11 – Histórias de tia Nastácia
12 – O Picapau Amarelo e A reforma da natureza
13 – O Minotauro
14 – A chave do tamanho
15 – Fábulas
16 – Os doze trabalhos de Hércules (1º tomo)
17 – Os doze trabalhos de Hércules (2º tomo)
fonte aqui
É claro que não li todos na minha infância, mesmo porque assim como hoje os livros são muito caros e infelizmente não é possível que toda a meninada de hoje assim como de ontem tenham condição financeira para adquirir tão belas obras.
Mas quero acreditar que haja por parte dos nossos Mestres o incentivo a leitura, que haja muitas vovós Reginas por esse mundo afora que por mais iletradas que sejam, sigam o mesmo exemplo dela sempre nos encoranjando a ler pois como ela mesma me dizia:-
" QUEM NÃO LÊ NÃO CRESCE NA VIDA "
E termino com a pergunta -"QUEM FOI SEU MONTEIRO LOBATO ? -
José Bento Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, SP, em 18 de abril de 1882 e morreu em São Paulo, SP, em 4 de julho de 1948. Fo um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. É popularmente conhecido pelo conjunto educativo, bem como divertido de sua obra de livros infantis, o que seria, aproximadamente, metade da sua produção literária. A outra metade, que consiste em um número de romances e contos para adultos, foi menos popular, mas um divisor de águas na literatura brasileira.
Os primeiros anos
Criado em fazenda, Monteiro Lobato foi alfabetizado pela mãe Olímpia Augusta Monteiro Lobato e depois por um professor particular. Aos sete anos, entrou num colégio. Nessa idade descobrira os livros de seu avô materno, o Visconde de Tremembé, dono de uma biblioteca imensa no interior da casa. Leu tudo o que havia para crianças em língua portuguesa. Nos primeiros anos de estudante já escrevia pequenos contos para os jornaizinhos das escolas que freqüentou.
Aos onze anos, em 1893, foi transferido para o Colégio São João Evangelista. Ao receber como herança antecipada uma bengala do pai, que trazia gravada no castão as iniciais J.B.M.L., mudou seu nome de José Renato para José Bento, a fim de utilizá-la. No ano seguinte, os pais o presentearam com uma calça comprida, que usou bastante envergonhado. Em dezembro de 1896 foi para São Paulo e, em janeiro, prestou exames das matérias estudadas na cidade natal, mas foi reprovado no curso preparatório e retornou a Taubaté.
Quando retornou ao Colégio Paulista, fez as suas primeiras incursões literárias como colaborador dos jornaizinhos Pátria, H2S e O Guarany, sob o pseudônimo de Josben e Nhô Dito. Passou a colecionar avidamente textos e recortes que o interessavam e lia bastante. Em dezembro, prestou novamente os exames para o curso preparatório e foi aprovado. Escreveu minuciosas cartas à família, descrevendo a cidade de São Paulo. Colaborou com O Patriota e A Pátria. Então, se mudou de vez para São Paulo e tornou-se estudante interno do Instituto Ciências e Letras.
No ano seguinte, a 13 de junho de 1898, perdeu o pai, José Bento Marcondes Lobato, vítima de congestão pulmonar. Decidiu, pela primeira vez, participar das sessões do Grêmio Literário Álvaro de Azevedo do Instituto Ciências e Letras. Sua mãe, vítima de uma depressão profunda, veio a falecer no dia 22 de junho de 1899.
Tendo forte talento para o desenho, pois desde menino retrata a Fazenda Buquira, tornou-se desenhista e caricaturista nessa época. Em busca de aproveitar as suas duas maiores paixões, decidiu ir para São Paulo após completar 17 anos.
Seu sonho era a Faculdade de Belas-Artes mas, por imposição do avô, que o tinha como um sucessor na administração de seus negócios, acabou ingressando na Faculdade do Largo São Francisco para cursar Direito. Mesmo assim, seguiu colaborando em diversas publicações estudantis e fundou, com os colegas de turma, a Arcádia Acadêmica, em cuja sessão inaugural fez um discurso intitulado: Ontem e Hoje. Lobato, a essas alturas, já era elogiado por todos como um comentarista original e dono de um senso fino e sutil, de um "espírito à francesa" e de um "humor inglês" imbatível, que carregou pela vida afora. Dois anos depois, foi eleito presidente da Arcádia Acadêmica e colaborou com o jornal Onze de Agosto, onde escreveu artigos sobre teatro. De tais estudos surgiu, em 1903, o grupo O Cenáculo, fundado junto com Ricardo Gonçalves, Cândido Negreiros, Godofredo Rangel, Raul de Freitas, Tito Lívio Brasil, Lino Moreira e José Antonio Nogueira.
Era anti-convencional por excelência, dizendo sempre o que pensava, agradasse ou não. Defendia a sua verdade com unhas e dentes, contra tudo e todos, quaisquer que fossem as conseqüências. Venceu um concurso de contos e o texto Gens Ennuyeux foi publicado no jornal Onze de Agosto.
O advogado
Em 1904, diplomou-se bacharel em Direito e regressou a Taubaté. No ano seguinte, fez planos de fundar uma fábrica de geléias, em sociedade com um amigo, mas passou a ocupar interinamente a promotoria de Taubaté e conheceu Maria Pureza da Natividade ("Purezinha").
Em maio de 1907, foi nomeado promotor público em Areias e casou-se com Purezinha, a 28 de março de 1908. Exatamente um ano depois nasceu Marta, a primogênita do casal. Insatisfeito com a vida bucólica de Areias, planejou abrir um estabelecimento comercial de secos e molhados.
Em 1910 associou-se a um negócio de estradas de ferro e nasceu o seu segundo filho, Edgar. Viveu no interior e nas cidades pequenas da região, escrevendo paralelamente para jornais e revistas, como Tribuna de Santos, Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro e Fon-Fon, para onde também mandava caricaturas e desenhos. Passou a traduzir artigos do Weekly Times para o jornal O Estado de São Paulo e obras da literatura universal, também enviando artigos para um jornal de Caçapava. Contudo, era visível a sua insatisfação com a vida que levava e com os negócios que não prosperavam.
No ano seguinte, aos 29 anos, Lobato recebeu a notícia do falecimento de seu avô, o Visconde de Tremembé, tornando-se, então, herdeiro da Fazenda de Buquira, para onde se mudou com toda a família. De promotor a fazendeiro, dedicou-se à modernização da lavoura e à criação. Com o lucro dos negócios, abriu um externato em Taubaté, que confiou aos cuidados de seu cunhado. Em 1912, nasceu Guilherme, o seu terceiro filho. Ainda insatisfeito, mas desta vez com a vida na fazenda, planejou explorar comercialmente o Viaduto do Chá, na cidade de São Paulo, em parceria com Ricardo Gonçalves.
A fama
Em 12 de novembro de 1914, o jornal O Estado de São Paulo publicou o seu artigo Velha Praça. Era véspera de Natal quando o mesmo jornal publicou um conto daquele que mais tarde seria o seu primeiro livro, Urupês. Na vila de Buquira, nessa mesma época, envolveu-se com a política e logo a deixou de lado. Sua quarta e última filha, Rute, nasceu em fevereiro de 1916, quando iniciava colaboração na recém fundada Revista do Brasil. Era uma publicação nacionalista que agradou em cheio o gosto de Lobato.
Somente em 1917 um fato definiria de vez a sua carreira literária: durante o inverno seco daquele ano, cansado de enfrentar as constantes queimadas praticadas pelos caboclos, o fazendeiro escreveu uma "indignação" intitulada Velha Praga e a enviou para a seção Queixas e Reclamações do jornal O Estado de São Paulo. O jornal, percebendo o valor daquela carta, publicou-a fora da seção que era destinada aos leitores, no que acertou, pois a carta provocou polêmica e fez com que Lobato escrevesse outros artigos como, por exemplo, Urupês, dando vida a um de seus mais famosos personagens, o Jeca Tatu.
Jeca era um grande preguiçoso, totalmente diferente dos caipiras e índios idealizados pela literatura romântica de então. Seu aparecimento gerou uma enorme polêmica em todo o país, pois o personagem era símbolo do atraso e da miséria que representava o campo no Brasil.
A partir daí, os fatos se sucederam: a geada e as dificuldades levaram-no a vender a fazenda e a partir com a família para São Paulo, com o intuito de tornar-se um "escritor-jornalista". Fundou, em Caçapava, a revista Paraíba e organizou, para o jornal O Estado de São Paulo, uma imensa e acalentada pesquisa sobre o saci.
Em 20 de dezembro, publicou Paranóia ou Mistificação, a famosa crítica desfavorável à exposição de pintura de Anita Malfatti, que culminaria como o estopim para a criação da Semana de Arte Moderna de 1922. Muitos passaram a ver Lobato como reacionário, inclusive os modernistas, mas hoje, após tantos anos, percebe-se que o que Lobato criticava eram os "ismos" que vinham da Europa: cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, que ele achava que eram "colonialismos", "europeizações", assim como ocorrera com os acadêmicos das gerações anteriores.Lobato era a favor de uma arte devidamente brasileira, autóctone, criada aqui. Por isso criticou Malfatti, embora admitisse que ela fosse talentosa. Isso tudo gerou o estranhamento entre ele e os modernistas mas, no fundo, todos eles tinham razão, apenas viam as coisas de ângulos diferentes. Mesmo assim Oswald de Andrade continuou a ser um profundo admirador de Lobato: quando ocorrera a Semana de Arte Moderna, as provas de Urupês ficaram dois dias em cima do sofá da garçonière onde Oswald se encontrava com os amigos.
O editor
Em 1918, Monteiro Lobato comprou a Revista do Brasil e passou a dar espaço para novos talentos, ao lado de pessoas famosas. Tornou-se, dessa forma, um intelectual engajado na causa do nacionalismo, a qual dedicou uma preocupação fundamental, tanto na ficção quanto no ensaio e no panfleto. Crítico de costumes, no qual não faltava a nota do sarcasmo e da caricatura, de sua obra elevou-se largo sopro de humanidade e brasileirismo. Nas mãos de Monteiro Lobato, a Revista do Brasil prosperou e ele pôde montar uma empresa editorial, sempre dando espaço para os novatos e divulgando obras de artistas modernistas.
Lobato também foi precursor de algumas idéias muito interessantes no campo editorial. Ele dizia que "livro é sobremesa: tem que ser posto debaixo do nariz do freguês". Com isso em mente, passou a tratar os livros como produtos de consumo, com capas coloridas e atraentes e uma produção gráfica impecável. Criou, também, uma política de distribuição, novidade na época: vendedores autônomos e distribuidores espalhados por todo o país. Logo fundou a editora Monteiro Lobato & Cia. com a obra O Problema Vital, um conjunto de artigos sobre a saúde pública, seguido pela tese O Saci Pererê: Resultado de um Inquérito.
Em julho de 1918, dois meses depois da compra, publicou, em forma de livro, Urupês, com retumbante sucesso e alcançando grande repercussão ao dividir o país sobre a veracidade da figura do caipira, fiel para alguns, exagerada para outros. O livro chamou a atenção de Rui Barbosa que, num discurso em 1919 durante a sua campanha eleitoral, reacendeu a polêmica ao citar Jeca Tatu como um "protótipo do camponês brasileiro, abandonado à miséria pelos poderes públicos".
A popularidade fez com que Lobato publicasse, nesse mesmo ano, Cidades Mortas e Idéias de Jeca Tatu.
Em 1920, o conto Os Faroleiros serviu de argumento para um filme dirigido pelos cineastas Antonio Leite e Miguel Milani. Meses depois, publicou Negrinha e A Menina do Narizinho Arrebitado, sua primeira obra infantil e que deu origem à Lúcia, mais conhecida como a Narizinho do Sítio do Picapau Amarelo. O livro foi lançado em dezembro de 1920 visando aproveitar a época de Natal. A capa e os desenhos eram de Lemmo Lemmi, um famoso ilustrador da época.
Em janeiro de 1921, os anúncios na imprensa noticiaram a distribuição de exemplares gratuitos de A Menina do Narizinho Arrebitado nas escolas, num total de 500 doações, tornando-se um fato inédito na indústria editorial.
O sucesso entre as crianças gerou continuações:
Fábulas de Narizinho (1921), O Saci (1921), O Marquês de Rabicó (1922), A Caçada da Onça (1924), O Noivado de Narizinho (1924), Jeca Tatuzinho (1924) e O Garimpeiro do Rio das Garças (1924), entre outros.
Tais novidades repercutiram em altas tiragens dos livros que editava, a ponto de dedicar-se à editora em tempo integral, entregando a direção da Revista do Brasil a Paulo Prado e Sérgio Millet. A demanda pelos livros era tão grande que ele importou mais máquinas dos Estados Unidos e da Europa para aumentar seu parque gráfico. Porém, uma grave seca cortou o fornecimento de energia elétrica e a gráfica só podia funcionar dois dias por semana. Por fim, o presidente Artur Bernardes desvalorizou a moeda e suspendeu o redesconto de títulos pelo Banco do Brasil, gerando um enorme rombo financeiro e muitas dívidas ao escritor.
Lobato só teve uma escolha: entrou com pedido de falência em julho de 1925. Mesmo assim, não significou o fim de seu projeto editorial. Ele já se preparava para abrir outra empresa, a Companhia Editora Nacional, em sociedade com Octales Marcondes e, em vista disso, transferiu-se para o Rio de Janeiro.
Os "produtos" dessa nova editora abrangiam uma variedade de títulos, inclusive traduções de Hans Staden e Jean de Léry. Além disso, os livros garantiam o "selo de qualidade" de Monteiro Lobato, tendo projetos gráficos muito bons e com enorme sucesso de público.
O Sítio do Picapau Amarelo
A partir daí, Lobato continuou escrevendo livros infantis de sucesso, especialmente com Narizinho e outros personagens, como Dona Benta, Pedrinho, Tia Nastácia, o boneco de sabugo de milho, Visconde de Sabugosa e Emília, a boneca de pano.
Além disso, por não gostar muito das traduções dos livros europeus para crianças e sendo um nacionalista convicto, criou aventuras com personagens bem ligados à cultura brasileira, recuperando, inclusive, costumes da roça e lendas do folclore.
Mas não parou por aí. Monteiro Lobato pegou essa mistura de personagens brasileiros e os enriqueceu, '"misturando-os" a personagens da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema. Também foi pioneiro na literatura paradidática, ensinando história, geografia e matemática, de forma divertida.
Em Nova Iorque
Em 1926, Lobato concorreu a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas acabou derrotado. Era a segunda vez que isso acontecia. Na primeira vez, em 1921, concorrera pela vaga de Pedro Lessa e, dessa vez, estava concorrendo à vaga do renomado jurista João Luís Alves.
Na primeira, recebera um voto no terceiro escrutínio e, na segunda, dois votos no quarto. Em artigo à imprensa, Múcio Leão chegou a afirmar que esse "escritor de talento fora duas vezes repelido". No mesmo ano saíram em folhetim os livros O Presidente Negro (1926) e "ow Henry Ford is Regarded in Brazil (1926).
Depois, enviou uma carta ao recém empossado Washington Luís, onde defendeu os interesses da indústria editorial. O presidente, reconhecendo nele um representante promissor dos interesses culturais do país, nomeou-o adido comercial nos Estados Unidos, em 1927. Monteiro Lobato mudou-se para Nova Iorque e deixou a Companhia sob a direção de seu sócio, Octalles Marcondes Ferreira. Entusiasmado com o progresso material que viu nos Estados Unidos, passou a acompanhar todas as inovações tecnológicas estadunidenses e fez de tudo para convencer o governo brasileiro a propiciar a criação de atividades semelhantes no Brasil. Com interesses voltados no que diz respeito às questões de petróleo e ferro, planejou a fundação da Tupy Publishing Company.
Em Nova Iorque escreveu Mr. Slang e o Brasil (1927), As Aventuras de Hans Staden (1927), Aventuras do Príncipe (1928), O Gato Félix (1928), A Cara de Coruja (1928), O Circo de Escavalinho (1929) e A Pena de Papagaio (1930). As obras infantis que datam dessa época foram publicadas no Brasil e reunidas num único volume, intitulado Reinações de Narizinho (1931).
Foi para Detroit no ano seguinte e, em visita à Ford e a General Motors, organizou uma empresa brasileira para produzir aço pelo processo Smith. Com isso, jogou na Bolsa de Valores de Nova Iorque e perdeu tudo o que tinha com a crise de 1929. Para cobrir suas perdas com a quebra da Bolsa, Lobato vendeu suas ações da Companhia Editora Nacional em 1930. Voltou para São Paulo em 1931 e passou a defender que o "tripé" para o progresso brasileiro seria o ferro, o petróleo e as estradas para escoar os produtos.
O petróleo
Após implantar a Companhia Petróleos do Brasil e graças à grande facilidade com que foram subscritas suas ações, Monteiro Lobato fundou várias empresas para fazer perfuração de petróleo, como a Companhia Petróleo Nacional, a Companhia Petrolífera Brasileira e a Companhia de Petróleo Cruzeiro do Sul e, a maior de todas (fundada em julho de 1938), a Companhia Matogrossense de Petróleo, que visava a perfurar próximo da fronteira com a Bolívia, país vizinho que já havia encontrado seu petróleo. Com isso, Lobato prejudicou os interesses de gente muito importante na política brasileira e de grandes empresas estrangeiras. Começava a luta que o deixou pobre, doente e desgostoso. Havia interesse oficial em se dizer que no Brasil não havia petróleo. Tendo-os como adversários, passou a enfrentá-los publicamente.
Por alguns anos, seu tempo foi dedicado integralmente à campanha do petróleo e a sua sobrevivência garantiu-se pela publicação de histórias infantis e da tradução magistral de livros estrangeiros, como O Livro da Selva, de Rudyard Kipling (1933), O Doutor Negro, de Arthur Conan Doyle (1934), Caninos Brancos (1933) e A Filha da Neve (1934), ambos de Jack London, entre outros. Teimava em dizer que era preciso explorar o petróleo nacional para dar ao povo um padrão de vida à altura de suas necessidades. Tentou, sem êxito, organizar uma companhia petrolífera mediante subscrições populares.
Muitas dificuldades apareceram e, mesmo assim, sua produção literária manteve-se e chegou ao ápice. Em América (1932) publicou as suas primeiras impressões sobre a luta na qual se engajara. Em seguida, vieram História do Mundo para Crianças (1933), Na Antevéspera e Emília no País da Gramática (1934), na qual defendia uma gramática normativa revisada. Meses depois, seu livro História do Mundo Para Crianças sofreu crítica, censura e perseguição da Igreja Católica.
Aceitou o convite para ingressar na Academia Paulista de Letras e, com isso, apresentou um dossiê de sua campanha em prol do petróleo, O Escândalo do Petróleo (1936), no qual acusava o governo de "não perfurar e não deixar que se perfure". O livro esgotou várias edições em menos de um mês. Aturdido, o governo de Getúlio Vargas proibiu e mandou recolher todas as edições. Em seguida, morreu Heitor de Moraes, seu correspondente e grande amigo.
Com isso, criou a União Jornalística Brasileira, uma empresa destinada a redigir e distribuir notícias pelos jornais. Em fevereiro de 1939 morreu Guilherme, seu terceiro filho. Abalado, Monteiro Lobato enviou uma carta ao ministro de Agricultura, que precipitara a abertura de um inquérito sobre o petróleo. Recebeu convite de Getúlio Vargas para dirigir um ministério de Propaganda, mas Lobato recusou. Numa outra carta ao presidente, fez severas críticas à política brasileira de minérios. O teor da carta foi tido como subversivo e desrespeitoso e isso fez com que fosse detido pelo Estado Novo, acusado de tentar desmoralizar o Conselho Nacional do Petróleo. Foi condenado a seis mêses de prisão e permaneceu encarcerado de março a junho de 1941.
Uma campanha promovida por intelectuais e amigos conseguiu fazer com que Getúlio Vargas concedesse o indulto que o libertaria, reduzindo a pena de seis para três meses na prisão. Apesar disso, Lobato continuou sendo perseguido e o governo fazia de tudo para abafar suas idéias. Foi então que passou a denunciar as torturas e maus tratos praticados pela polícia do Estado Novo.
O fim
Mesmo em liberdade, Monteiro Lobato não teve mais tranqüilidade e seu filho mais velho, Edgar, morreu em fevereiro de 1942, exatamente três anos depois do falecimento de Guilherme.Em 1943, foi fundada a Editora Brasiliense por Caio Prado Júnior, que negociou com Lobato a publicação de suas obras completas. Logo em seguida, por ironia do destino, recusou a indicação para a Academia Brasileira de Letras. Entretanto integrou a delegação paulista do I Congresso Brasileiro de Escritores reunidos em São Paulo, que divulgou, no encerramento, uma declaração de princípios, exigindo legalidade democrática como garantia da completa liberdade de expressão do pensamento e redemocratização plena do país.
Suas companhias foram liquidadas e a censura da ditadura fez com que Lobato se aproximasse dos comunistas, chegando a receber convite do PCdoB para integrar a bancada de candidatos. Recusou, mas enviou uma nota de saudação que foi lida por Luís Carlos Prestes num grande comício realizado em 1945, no estádio do Pacaembu. Meses depois, foi publicado Nasino, edição italiana de Narizinho, ilustrada por Vincenzo Nicoletti. Em maio A Menina do Narizinho Arrebitado foi transformada em radionovela para crianças pela Rádio Globo, no Rio de Janeiro.Tornou-se diretor do Instituto Cultural Brasil-URSS, mas foi obrigado a se afastar do cargo em setembro de 1945, quando foi levado para ser operado às pressas de um cisto no pulmão. A entrevista que concedeu ao Diário de São Paulo causou grande repercussão e, em 1946, muda-se para Buenos Aires, na Argentina, "atraído pelos belos e gordos bifes, pelo magnífico pão branco e fugindo da escassez que assolava o Brasil", conforme declarou à imprensa. Antes de partir, tornou-se sócio da Editora Brasiliense a convite de Caio Prado Júnior que, na sua editora, preparava as Obras Completas já traduzidas para o espanhol e editadas na Argentina. Em outubro fundou a Editorial Acteon, com Manuel Barreiro, Miguel Pilato e Ramón Prieto.Voltou em 1947, por não se ambientar ao clima local e, em entrevista aos repórteres que o aguardavam no aeroporto, classificou o governo de Eurico Gaspar Dutra de "Estado Novíssimo, no qual a constituição seria pendurada (suspensa) num ganchinho no quarto dos badulaques". Dessa indignação surgiu o seu último livro Zé Brasil, publicado pela Editorial Vitória, em que Lobato mais uma vez reelaborava o seu personagem Jeca Tatu, transformando-o em trabalhador sem-terra e esmagado pelo latifúndio. Diante da proibição das atividades do Partido Comunista em todo o país, determinada pelo ministro da Justiça, escreveu A Parábola do Rei Vesgo para um comício de protesto, lido e aclamado pela multidão reunida no Vale do Anhangabaú, na noite de 18 de junho. O texto refletia o desencanto de Lobato com a democracia restritiva do general Dutra. Em dezembro, foi a Salvador assistir a opereta Narizinho Arrebitado. Lobato escreveria novo libreto para o espetáculo, considerado a sua última criação infantil. Publicou O Problema Econômico de Cuba, também a sua última tradução.Em abril de 1948 sofreu um primeiro espasmo vascular que afetou a sua motricidade. Mesmo assim, afiliou-se à revista Fundamentos e publicou os folhetos De Quem É o Petróleo na Bahia e Georgismo e Comunismo.
Dois dias após conceder a Murilo Antunes Alves, da Rádio Record, a sua última entrevista, Monteiro Lobato sofreu um segundo espasmo cerebral e faleceu às 4 horas da madrugada, no dia 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade. Sob forte comoção nacional, seu corpo foi velado na Biblioteca Municipal de São Paulo e o sepultamento realizado no Cemitério da Consolação.
Sua vida e sua obra ainda hoje servem de inspiração e exemplo para milhares de crianças, jovens e adultos do Brasil.
Disputa
Em 1996, os herdeiros de Monteiro Lobato tomaram a iniciativa de sugerir à Editora Brasiliense, até então detentora única das obras, conforme acordo assinado entre Lobato e Caio Prado Júnior, em 1945, a reformulação dos livros e da coleção infantil, a fim de que apresentassem um aspecto moderno com relação a ilustrações coloridas e nova paginação.
Essas tentativas continuaram em 1997 e fracassaram, simplesmente porque a editora não efetuou o investimento necessário, continuando a publicar os livros com ilustrações em branco e preto como fazia há décadas e continuou a fazer. Com isso, desde 1998, a obra de Monteiro Lobato virou centro de uma polêmica entre a Brasiliense e os herdeiros, que a acusam de negligenciar a obra. Há o desejo de uma divulgação maior e edições melhores. Entre os editores há o desejo de reciclar o texto dos livros.
São várias as ações movidas pelos herdeiros contra a Brasiliense, como contrato de cessão a terceiros (no caso à Editora Saraiva) e a publicação de um livro falsamente atribuído a Monteiro Lobato, que a editora intitulou Contos Escolhidos, sem autorização da família. Por outro lado, a Brasiliense alega ter um contrato ad infinitum assinado por Monteiro Lobato quando vivo.
Em setembro de 2007, por meio de acordo com os herdeiros, o STJ estabeleceu a rescisão contratual definitiva e concedeu à Editora Globo os direitos exclusivos sobre a obra de Monteiro Lobato, até 2018, ano em que o legado do autor deverá entrar em domínio público, pois se passarão 70 anos de sua morte.
Livros infantis
A maioria de seus livros infantis se passavam no Sítio do Picapau Amarelo, um sítio no interior do Brasil, tendo, como uma das personagens, a senhora dona da fazenda Dona Benta, seus netos Narizinho e Pedrinho e a empregada Tia Nastácia. Esses personagens foram complementados por entidades criadas ou animadas pela imaginação das crianças na história: a boneca irreverente Emília e o aristocrático boneco de sabugo de milho Visconde de Sabugosa, a vaca Mocha, o burro Conselheiro, o porco Rabicó e o rinoceronte Quindim.
A maioria de seus livros infantis se passavam no Sítio do Picapau Amarelo, um sítio no interior do Brasil, tendo, como uma das personagens, a senhora dona da fazenda Dona Benta, seus netos Narizinho e Pedrinho e a empregada Tia Nastácia. Esses personagens foram complementados por entidades criadas ou animadas pela imaginação das crianças na história: a boneca irreverente Emília e o aristocrático boneco de sabugo de milho Visconde de Sabugosa, a vaca Mocha, o burro Conselheiro, o porco Rabicó e o rinoceronte Quindim.
No entanto, as aventuras na maioria se passam em outros lugares: ou num mundo de fantasia inventados pelas crianças ou em histórias contadas por Dona Benta no começo da noite. Esses três universos são interligados para a histórias e lendas contadas pela avó naturalmente se tornarem cenário para o faz-de-conta, incrementado pelo dia-a-dia dos acontecimentos no sítio.
Obra
Coleção Sítio do Picapau Amarelo
1921 - O Saci
1922 - Fábulas
1927 - As aventuras de Hans Staden
1930 - Peter Pan
1931 - Reinações de Narizinho
1932 - Viagem ao céu
1933 - Caçadas de Pedrinho
1933 - História do mundo para as crianças
1934 - Emília no país da gramática
1935 - Aritmética da Emília
1935 - Geografia de Dona Benta
1935 - História das invenções
1936 - Dom Quixote das crianças
1936 - Memórias da Emília
1937 - Serões de Dona Benta
1937 - O poço do Visconde
1937 - Histórias de Tia Nastácia
1939 - O Picapau Amarelo
1939 - O minotauro
1941 - A reforma da natureza
1942 - A chave do tamanho
1944 - Os doze trabalhos de Hércules (dois volumes)
1947 - Histórias diversas Outros livros infantis Alguns foram incluídos, posteriormente, nos livros da série O Sítio do Picapau Amarelo. Os primeiros foram compilados no volume Reinações de Narizinho, de 1931, em catálogo apenas como tal, até os dias atuais.
1920 - A menina do narizinho arrebitado
1921 - Fábulas de Narizinho
1921 - Narizinho arrebitado (incluído em Reinações de Narizinho)
1922 - O marquês de Rabicó (incluído em Reinações de Narizinho)
1924 - A caçada da onça
1924 - Jeca Tatuzinho
1924 - O noivado de Narizinho (incluído em Reinações de Narizinho, com o nome de O casamento de Narizinho)
1928 - Aventuras do príncipe (incluído em Reinações de Narizinho)
1928 - O Gato Félix (incluído em Reinações de Narizinho)
1928 - A cara de coruja (incluído em Reinações de Narizinho)
1929 - O irmão de Pinóquio (incluído em Reinações de Narizinho)
1929 - O circo de escavalinho (incluído em "Reinações de Narizinho, com o nome O circo de cavalinhos)
1930 - A pena de papagaio (incluído em Reinações de Narizinho)
1931 - O pó de pirlimpimpim (incluído em Reinações de Narizinho)
1933 - Novas reinações de Narizinho
1938 - O museu da Emília (peça de teatro, incluída no livro Histórias diversas) Livros para adultos
O Saci Pererê: resultado de um inquérito (1918)
Urupês (1918)
Problema vital (1918)
Cidades mortas (1919)
Idéias de Jeca Tatu (1919)
Negrinha (1920)
A onda verde (1921)
O macaco que se fez homem (1923)
Mundo da lua (1923)
Contos escolhidos (1923)
O garimpeiro do Rio das Garças (1924)
O choque (1926)
Mr. Slang e o Brasil (1927)
Ferro (1931)
América (1932)
Na antevéspera (1933)
Contos leves (1935)
O escândalo do petróleo (1936)
Contos pesados (1940)
O espanto das gentes (1941)
Urupês, outros contos e coisas (1943)
A barca de Gleyre (1944)
Zé Brasil (1947)
Prefácios e entrevistas (1947)
Literatura do minarete (1948)
Conferências, artigos e crônicas (1948)
Cartas escolhidas (1948)
Críticas e outras notas (1948)
Cartas de amor (1948)
Texto extraído do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Monteiro_Lobato
Imagens aqui
Este Post faz parte da BLOGAGEM COLETIVA - DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL -
UMA INICIATIVA DE "FIO DE ARIADNE"
Bom fim de semana a todos(as)
Fantástico e completo post. a propósito, não é à toa que o nome da vovó é Regina, Rainha. Uma figurinha pra se guardar bem guardado e exemplo digno de ser seguido.
ResponderExcluirVóvó:(posso tratá-la assim?)
ResponderExcluirFoi com muto prazer que li o seu post! Gostei das suas lembranças de menince, especialmente a frase que ficou para a vida :" quem não lê, não cresce na vida". Esta frase diz tudo! Ler é importante e são poucas as avós (a minha geração) a terem essa sensibilidade. As avós minhas avós são anlfabetas, por isso nunca tive o prazer de ouvir uma leitura da boca delas. Qem sabe os meus netos ( quando os tiver daqui a muitos anos )tenham mais sorte!
Parabens pelo post! Muito esclareceor, para quem sabe pouco de Lobato, como eu! Já aprendi mais um pouco osigo, v´´ovó!
Bjs Susana
18 de Abril de 2009 11:24
Vóvó:(posso tratá-la assim?)
Foi com muto prazer que li o seu post! Gostei das suas lembranças de menince, especialmente a frase que ficou para a vida :" quem não lê, não cresce na vida". Esta frase diz tudo! Ler é importante e são poucas as avós (a minha geração) a terem essa sensibilidade. As minhas avós são analfabetas, por isso nunca tive o prazer de ouvir uma leitura da boca delas. Qem sabe os meus netos ( quando os tiver daqui a muitos anos )tenham mais sorte!
Parabens pelo post! Muito esclarecedor, para quem sabe pouco de Lobato, como eu! Já aprendi mais um pouco osigo, v´´ovó!
Bjs Susana
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Sensacional o seu post. Tem tudo!
ResponderExcluirAbracos,
Octavio
Este post é uma homenagem a Monteiro Lobato, que fo Meu Lobato. E sua avó rainha, italiana, herdeira da cultura romana (que apesar da violência com que colonizou o mundo enquanto ipério) sempre deu enorme valor à literatura e artes em geral. Seu texto consegue trazer o cheiro da avó perfumada e dos livros. Feito Proust , sua madeleiene, está ligada à figura da avó - Regina, salve! E deve ter sido estimulante pra menina "ensinar" a avó. Fico imaginando se ela não fingia que nada sabia só pra vc ter o prazer de ensin-la. claro que não, Regina era uma sábia mulher apesar da falta de alfabetização na idade comum. Mas, não custa imaginar.
ResponderExcluirMuito obrigada pelo postado sobre Meu Lobato. E não sabia da missa a metade, apesar de ter lido toda a obra infantil dele.
Adorei o espaço e o texto. Parabésn!
Parabéns por essa grandiosa postagem que vem enaltecer ainda mais o mestre M.Lobato!
ResponderExcluirMas o que mais me encantou foi ler sobre suas memórias, o cheiro de sua infância trazido até nós através de suas letras!
Obrigada por esse presente!
bjs!
Que belíssima homenagem ao Grande Monteiro Lobato!
ResponderExcluirE a história magnífica de sua vozinha, texto muito gostoso de ler que você criou com cheiro de infância e gosto de quero mais! fascinante!
Beijokas e Parabéns pelo texto
Rô, gostei tanto deste post que vou levar uma parte dele lá para o Coisas Nossas, tá?
ResponderExcluirBeijos, queridona do meu coração!
Simplesmente,parabéns!!!
ResponderExcluirGostei muito,tb estou participando dessa fantastica
iniciativa.
Beijos
Mari
Isto não é um post! É um tratado! Caprichou, ficou muito bom! Confesso que li somente até ele ir para Nova York e amanhã leio o resto. Vim para lhe dar beijuzinhos também!
ResponderExcluirNão sabia da troca de nome, interessante!! José Renato para José Bento! Aquela região perto de Campos do Jordão, leva todo o nome da família Lobato.
Bom feriado! Beijus
Querida amiga!
ResponderExcluirObrigada pelas gentis palavras deixadas em meu blog! Agora é que vi que vc mora em Campinas, tão pertinho de mim, moro em Indaiatuba,
que Deus a abençoe e ilumine sempre!!
bjs!
Excelente sua postagem ..
ResponderExcluirbem completa nos faz voltar a belos tempos
Abraços
Que belo post, que exemplo foi sua avó, como deve ter sido maravilhosa tua infância.
ResponderExcluirMais uma vez parabéns, e abraços.
Que post, falou tanto de Lobato quanto da figura que a incentivou a ler! Sinto que meti-me numa enrascada, o que vou fazer para escolher entre textos como este? Rô , obrigada por participar da coletiva.
ResponderExcluirOi, já está no Fio a lista com os textos selecionados para a votação que premiará três blogueiros com um livro da Zahar. Conto com você para ajudar nesta tarefa. O link é http://tinyurl.com/dnlozq
ResponderExcluirAh, seu texto está na lista!
Abraço
Já pesquisei muito sobre Monteiro Lobato mas aqui tem muita coisa nova para mim. Por certo, em um futuro trabalho sobre o escritor, terei minha vida facilitada. Parabéns.
ResponderExcluirSua história foi bem completa sobre o Monteiro Lobato.
ResponderExcluirParabéns por estar entre os 8 melhores.
Desejo sorte.
Seu texto é uma delícia Vovó... Simples, singelo...Gostei tanto que resolvi seguir você...
ResponderExcluirBjs