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sábado, 3 de maio de 2008

Vida sem preconceito!


Vida sem preconceitos::-
por Eugenia Victal

Por que mulher precisa tanto de romance?
Uma revelação: o príncipe encantado tem chulé. Quase sempre, o sonho não é real.
A realidade nos acorda aos berros, bem diferente dos sussurros que planejamos.
O dia-a-dia, coitado, luta, diariamente, para sobreviver.
Bem feito pra nós, que fizemos planos e idealizamos, pois ninguém tem que corre
sponder a isso.
Mas, e o romance, onde foi parar?
Flores e tudo o mais
Toda mulher, alguma vez – ou sempre, dependendo do caso – reclama ao companheiro que ele não a namora mais.
Cadê a doçura? Cadê a pressa em nos ver? Cadê os elogios? Os aniversários já são esquecidos e “não deu tempo” para o presente? Lamentamos o saudoso romance, perdido em latas de cerveja, futebol e trabalho.
A maioria dos homens não sabem lidar com isso e a maioria das mulheres sentem isso. E lá se vai também a auto-estima, nosso combustível.
A verdade é que a gente se sente um nada e se pergunta onde está aquela mulher m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a que fez os olhos dele brilhem?Mas, jamais tente descobrir isso depois do álcool, pois é discussão na certa. E, no dia seguinte, ele nem vai se lembrar...
Quer flores? Distribua flores, pois a maioria as quer mas só distribui espinhos pela vida. Reclama o tempo todo e não olha pro umbigo. Aí fica fácil. Reclamar é mole, mole. Difícil é a gente olhar para dentro e ver o que pode estar ajudando esse tipo de comportamento.
Agora, se, por outro lado, você estiver tentando tirar leite de pedra, é melhor você procurar romance em outra pessoa, pois, desse jardim, não sairá flor alguma.
Culpa, minha culpa.
Pode bater no peito e confessar. Sabe o que é que os faz nos deixarem de lado? Nós mesmas. Sabe por quê? Porque “abrimos mão”. É verdade.
Homens são naturalmente mais individualistas e isso é uma característica deles. Não quero dizer egoístas, o que é bem diferente. Mas, sensibilidade não é o forte deles e não adianta sofrer com isso!
As mulheres, por sua vez, cedem demais e cobram demais por isso. Quando acordam, a juventude se foi, o corpo se foi, os amigos se foram.
Às vezes, até o companheiro se foi. Você deixou de fazer as coisas que gosta e a sua vida passou a girar em torno dele, seu sol.

De repente, cadê você? Viramos, quando isso acontece, antagonistas de nós mesmas, co-autoras de nosso próprio filme, reféns de nossa prisão particular. Um avesso que não reconhecemos e que não se cabe de tanta carência. Não, ele não vai recuperar você. E nem pode. Foi você que se perdeu seguindo o caminho dele, os gostos, dele, a família dele, os amigos dele, blá, blá, blá. Sim, a culpa é toda sua.

Cultura

Temos a cultura do aceite, tolere, perdoe, resigne. Não é para levantar a bandeira do “tudo eu” e da intolerância, calma lá! Mas, apesar das mudanças emocionais, comportamentais e profissionais do universo feminino, quando amamos, tendemos a ser primitivas.
A maternidade, maravilhosa, é um agravante, já que gerar uma vida é tirar o foco de si. Normalmente, somos mães mesmo quando não temos filhos e transformamos o outro em nosso razã
o de ser, tirando o foco de nossas vidas e, com isso, desfocando nossa vivacidade enquanto a vitalidade se esvai, como uma vela se consome com o tempo. Mas, essa “cultura”, não impôs isso a ninguém.
Quando somos adultos, somos responsáveis pelas nossas escolhas. Não adianta culpar os pais pelo modo como você foi criada, pois você cresceu.
Agora, é você quem escolhe qual caminho serve para você e ninguém tem parte nisso. Quer ser escrava porque sua mãe foi? Come on! A vida é sua e a sua mãe não tem nada a ver! E, se você viu o exemplo e não o quer para você, decida-se. Só se escraviza quem se permite isso. Não espere para ouvir isso dele, pois seus anos não voltarão. Acredite, não é bom.
Enfim, o romance
Vivemos frágeis. O sexo frágil tem que ser forte a todo momento e manter essa força nos deixa incrivelmente frágeis. Se queremos romance, precisamos resgatar em nós as características que inspiraram o romance neles.
Ninguém vai romancear com uma neurótica que traz os problemas do trabalho para a cama e usa o marido como escudo.
Muito menos uma mulher que se tornou mãe e esqueceu de ser esposa, amante, cúmplice. Cadê aquela mulher que fazia amor no carro, de madrugada? Cadê aquela mulher alegre, que achava graça das sem-gracesas dele? Cadê aquela mulher que o defendia até debaixo d´água e que hoje, quando ele erra, aproveita o deslize e diz “Não falei?” ? Cadê a mulher que se arrumava para ele e hoje mal se cuida? Cadê aquela mulher que elogiava até as qualidades que ele não tinha e hoje só destaca os defeitos dele? Onde foi parar a mulher que o amava acima de qualquer coisa e que hoje so quer saber de pensão? O erro nunca está de um lado só. Nunca.
Ninguém está 100% certo. Se você observar bem, pode ser que você seja a pessoa perdida. Pode ser que ele esteja esperando que você retorne para ele.
Estou falando daquela mulher, sabe? Estamos falando de resgate. Tendemos a achar que as pessoas têm que corresponder às nossas expectativas, mas a realidade não é assim.

Achamos que ele deixou de ser carinhoso, mas pode ser que nós nos tenhamos afastado dos abraços dele.
Queremos cinema, mas nos grudamos à tv.
Queremos sexo, mas temos sono.
Queremos elogios, mas não nos cuidamos.
Queremos férias, mas carregamos o mundo.
Queremos doçura, mas somos amargas.

Sim, precisamos de romance para sobreviver.

Cadê aquela mulher por quem ele se apaixonou? Encontre-a. E você encontrará o romance.

Blargh!Mulher é bicho esquisito, já cantava Rita Lee. E somos mesmo. No auge da TPM, queremos chamegos e dizemos que ninguém nos ama mais. Isso é Blargh! Queremos sexo três vezes seguidas(claro, pra nós, é moleza!!) e quando ele, exausto, vira pro lado pra descansar, a gente Blargh!, acha que ele não deu atenção.
Haja paciência pra agüentar a gente, sabia? Tanto a gente não se agüenta que escolhe um homem para ter ao lado! Há!Há!Há! Mas, a gente se ama mesmo assim, só precisamos nos dar mais valor.
E se você é mulher nota 10 que o fez se apaixonar por você e o cara se per
deu, Blargh! pra ele, oras! Blargh! quando a gente se esquece que o romance mora dentro da gente! A gente quer que o outro nos enxergue, mesmo nos nossos chiliques e na nossa loucura. A gente quer ser adulada, rapazes. Façam isso, mesmo sem entender, e terão o céu.
Agora, Blargh! se você, mulher, se abaixa para os outros pisarem e ainda reclama. “Se você se escraviza, o problema é seu”, lembra? Se ele não é príncipe que você sonhou, ou você acorda e cai fora ou tenta ver as qualidades dele! Blargh! Blargh! Ninguém é mais merecedora de romance que você, acredite nisso.
Desperte romance e terá romance. O melhor presente de Natal é você.

Eugenia Victal é Publicitária e Apresentadora de TV. Envie seu e-mail para
eugeniavictal@bol.com.br e participe desta coluna.

6 comentários:

  1. Mulher é mesmo bicho esquisito, Rô! E eu, a esquisitona aqui, continuo querendo um romance! heheheheheheheh

    Adorei esse post, o amor visto sob outra "perspectiva"!!!

    Que você tenha um ótimo final de semana, minha querida!

    Ps: Deixei um meme e um selo procê!

    Beijão!!!

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  2. Oi Rô!
    Adorei esse post!
    As mulheres de uma forma geral aprendem desde cedo a amar demais e a cuidar demais dos outros, conclusão acabam esquecedwendo de si mesmas.
    Nós precisamos nos olhar, olhar com carinho e deixar de jogar a culpa pelo nosso "relaxo" em outras pessoas.
    Um abraço e um ótimo final de semana.

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  3. Esse texto nos fala de assuntos muito complexos, é muito fácil dizer o que o outro deve fazer, difícil é fazer, difícil é ser...
    A luta da mulher por seu espaço na sociedade é muito complexa... nos remete a educação e aos costumes que temos, somos e vivemos...
    E eu garanto a você não é fácil não! Bem sei que você sabe disso.
    Ser diferente, querer diferente, pensar diferente... tudo isso é muito dorido... então terminamos aceitando o papel escrito pra nós nas relações pra não ter que chocar o outros.
    Beijos, estas curtindo o frio ai em!

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  4. Muito legal o texto. Eu sou eterna romântica. Boa semana!

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  5. Convenhamos, Rô, ser mulher é muito difícil! Numa mulher habitam diversas "personagens", é mulher, é esposa, é amante, é mãe, é dona-de-casa, é profissional, nora, irmã, etc, etc e conciliar tudo e no fim estar maravilhosa, magra, bem-vestida e bem-humorada, é missão impossível! Porém, um aspecto eu quero salientar: só recebe quem dá!
    Uma boa semana, Rô!
    Bjos

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  6. Querida Rô, AMEI o post!! rsrsrs
    Eu sou uma romântica incurável, acredito que tudo o que acontece na vida de um casal, depende dos dois. Ambos podem aprender juntos com diálogo, com sinceridade, é preciso saber dar e receber, ceder e compreender, e acima de tudo respeitar.

    Eu sempre trago na mente o PORQUÊ me apaixonei pelo Pedro, as verdadeira razões e também nunca o deixo esquecer, assim, ele nunca esquecerá do quê me deixa e faz feliz, e vice versa.

    Ele é um homem de números, portanto, nunca esquece as datas que nos marcam.

    Não tem o hábito de oferecer flores, mas há outras coisas que ele faz que acho lindo, como por exemplo, abrir a porta do carro; me tirar pra dançar em casa de repente; não me deixar carregar sacos do mercado; pergunta sempre se estou bem, pois é muito preocupado com o meu bem estar; bom, essas coisas que nós mulheres damos valor, mas poucos homens fazem... Tive sorte!! :)

    Beijos com carinho

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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