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quarta-feira, 4 de julho de 2007

UM POEMA SEM RIMA



Como é fácil enamorar-se


e difícil continuar enamorado,


acolher o amor, guardá-lo, saboreá-lo,


fazê-lo crescer, permanecer nele!





Eu quisera cantar a felicidade.


Cantar aos que, como nosso Deus,


permanecem sempre no amor.





Cantar aos que não se resignam com o que acontece


e não se deixam abater, nem desistem de lutar.


Cantar aos que crescem no amor


ao ponto de não saber contê-lo.





Cantar aos que não se abdicam dos ideais da juventude


pelos quais estavam prontos a dar a vida...


Porque só na juventude se é nobre e justo,


e só quando se é fiel ao que se compreendeu na juventude


é possível se jovem, nobre, justo e generoso.





Cantar aos que não se deixam vencer pelas crises


nem pelas dificuldades que surgem.


Cantar aos que não se cansam de amar,


de morrer cada dia a si mesmos





Cantar aos casais que recriam, dia por dia, o seu amor;


que sabem readaptar os seus projetos quando as coisas,


apesar dos pesares, não saem como se queria;





Cantar aos que sabem recomeçar do zero


quantas vezes for preciso.


Cantar aos casais que, em plena velhice,


continuam de mãos dadas.





Cantar aos casais cujos filhos não são os que eles esperavam,


quando tudo lhes sai diferente e parecem ter fracassado,


quando já se sentem esgotados e não logram dormir,


mas apesar de tudo continuam de mãos dadas.





Cantar a Luís que não é capaz de passear sozinho


mas sempre que sai pelo parque ou pelas ruas


é empurrando a cadeira em que Ana jaz paralítica.


Cantar o Jorge que nunca deixa sozinha


a sua Alice que já não pode mais enxergar.





Não posso deixar de cantar também


a tanta gente por aí que vive situações como estas


sem queixar-se, com um sorriso nos lábios,


porque entre eles existe o amor.





Cantar aos que continuam firmes na luta


comprometidos com seus ideais


malgrado todos os contratempos.





Cantar aos casais que vivem e sorriem


porque algo de muito belo


não deixa nunca de crescer dentro deles!





Do livro:- Viver en pareja - Hacia una espiritualidade conyugal -


de Manuel Iceta.-


Traduzido pelo casal, amigo do autor,Esther e Luiz Moreira de Azevedo


autores do livro "MATRIMÔNIO - PARA QUE SERVE ESTE SACRA-


MENTO?

Aos poucos quero ir postando todos os poemas e testos que tenho guardados

para poder dividir com todos que eu amo e ainda vou amar.

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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