Não poderia deixar de registrar aqui uma linda e emocionante poesia em forma de cântico, que no dia de hoje Sexta-feira Santa, quando se celebra a Paixão e morte do Senhor, data em que nós cristãos católicos de todo o mundo, lembramos o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo.
Na Igreja Divino Salvador, templo em que eu e meu marido fomos participar dessa celebração, dando continuidade ao tríduo Pascal, ao invés de ser lida a primeira leitura “Is:52,13-15; Is:53,1-12” fomos agraciados com a poesia/canto (que colocarei abaixo) de autoria da Irmã Agostinha Vieira de Mello Beneditina que é uma das fundadoras do CEBI (Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos - http://www.cebi.org.br).
Irmã Agostinha mora e trabalha em comunidades no Nordeste junto a população mais carente e de maior necessidade. Sua experiência de fé adotou a linguagem e melodia do local e fez dela uma "poetisa bíblica-nordestina" que expressa uma "estética-poética-cristã" inculturada na vida do povo.
Sei bem que algumas pessoas não gostam de ler textos muito longos, mas esse com certeza vale a pena ler e refletir.
Cântico do Servo Sofredor em forma de poesia popular
"O Futuro da Semente Esmagada"
Vou contar uma história.
É do Servo Sofredor.
Está na Bíblia, está na vida.
É de quem sabe o que é dor.
O profeta Isaías
Foi quem primeiro contou.
Mas o pobre deste mundo
Vida afora completou.
A cantiga do profeta
Nos aponta e nos conduz.
Esse Servo de quem fala
É nosso Senhor Jesus.
Quem já viu o que é seca
Já viu roçado queimado,
Pois o Servo era um toco
Pelo sol esturricado.
Não havia formosura
No seu rosto maltratado,
Tinha a cara tão sofrida
De quem foi bem torturado.
Dava até nojo de olhar.
Era um lixo bem pisado,
Era Homem das Dores,
Na dor experimentado.
Acredite, meu amigo,
Esse Servo humilhado
Assumiu nossas fraquezas,
Carregou fardo pesado.
Ferido de Humilhação,
Era desconsiderado.
Zombavam: "Isso é castigo
Foi por Deus abandonado"
No seu rosto maltratado,
Tinha a cara tão sofrida
De quem foi bem torturado.
Dava até nojo de olhar.
Era um lixo bem pisado,
Era Homem das Dores,
Na dor experimentado.
Acredite, meu amigo,
Esse Servo humilhado
Assumiu nossas fraquezas,
Carregou fardo pesado.
Ferido de Humilhação,
Era desconsiderado.
Zombavam: "Isso é castigo
Foi por Deus abandonado"
O peso de dor tão grande
Era um facão bem fincado.
Por nossos pecados todos
Ele estava transpassado.
Mas, irmão, escute agora
Era um facão bem fincado.
Por nossos pecados todos
Ele estava transpassado.
Mas, irmão, escute agora
O que vais ser relatado.
O sofrer desse oprimido
Cura o homem esmagado.
Antes dele a gente era
Um rebanho desgarrado.
Cada qual andava tonto
Sem rumo, desgovernado.
A ingratidão dos homens
O montão do que é errado,
Pois tomou tudo para ele
Como se fosse culpado.
Cura o homem esmagado.
Antes dele a gente era
Um rebanho desgarrado.
Cada qual andava tonto
Sem rumo, desgovernado.
A ingratidão dos homens
O montão do que é errado,
Pois tomou tudo para ele
Como se fosse culpado.
Comparado com o gado,
Pra matança foi levado,
A bezerro parecia,
Quando o couro é esfolado.
Pra matança foi levado,
A bezerro parecia,
Quando o couro é esfolado.
Apelaram pra calúnia,
O seu caso foi falado
Por um falso julgamento
À morte foi condenado.
O seu caso foi falado
Por um falso julgamento
À morte foi condenado.
Ninguém levantou a voz
Em defesa do acusado.
Deu a vida por seu povo,
Foi assim assassinado.
Em defesa do acusado.
Deu a vida por seu povo,
Foi assim assassinado.
Teve enterro de bandido,
Malfeitor considerado
Ele que só fez o bem,
Verdadeiro injustiçado.
Esse Sofredor bendito
Na paixão foi bem provado.
O amor que tinha ao povo,
Foi o seu santo recado.
Esse recado tão forte
Pelo profeta contado
É hoje na nossa vida
Um fato consumado.
Outro nome desse Servo
É Cordeiro Imaculado.
Veio nos trazer a vida,
Quer seu povo libertado.
Agora, irmão, procura
Enxengar modificado
Quem conta pouco na vida
Em primeiro é colocado.
Dessa conta diferente
Foi Jesus encarregado
Ele revirou a lista:
Pequeno vale um bocado.
E o povo tão sofrido
No Evangelho é confirmado.
Os pequeninos do Reino
Povo de Deus é chamado.
A comparação tão linda
Do banquete preparado
É dos coxos, é dos cegos,
De quem sofre é o ajantarado.
Quando os fracos se ajuntam
Um clamor é proclamado:
"O sangue desse Cordeiro
Não foi em vão derramado"
Toda espécie de miséria
De que o povo é carregado
Terra nova anuncia
UM POVO RESSUSCITADO!
Malfeitor considerado
Ele que só fez o bem,
Verdadeiro injustiçado.
Esse Sofredor bendito
Na paixão foi bem provado.
O amor que tinha ao povo,
Foi o seu santo recado.
Esse recado tão forte
Pelo profeta contado
É hoje na nossa vida
Um fato consumado.
Outro nome desse Servo
É Cordeiro Imaculado.
Veio nos trazer a vida,
Quer seu povo libertado.
Agora, irmão, procura
Enxengar modificado
Quem conta pouco na vida
Em primeiro é colocado.
Dessa conta diferente
Foi Jesus encarregado
Ele revirou a lista:
Pequeno vale um bocado.
E o povo tão sofrido
No Evangelho é confirmado.
Os pequeninos do Reino
Povo de Deus é chamado.
A comparação tão linda
Do banquete preparado
É dos coxos, é dos cegos,
De quem sofre é o ajantarado.
Quando os fracos se ajuntam
Um clamor é proclamado:
"O sangue desse Cordeiro
Não foi em vão derramado"
Toda espécie de miséria
De que o povo é carregado
Terra nova anuncia
UM POVO RESSUSCITADO!
Beijos meus a todos(as) que por aqui passarem
Rosane!
Rosane, que bonito os versos dedicado ao servo sofredor, do profeta Isaías, tão lido na Quaresma. Mais uma vez, reitero os meus mais auspiciosos votos de uma SANTA E FELIZ PÁSCOA, a vc seu esposo e todos os seus filhos. Que a Luz de Cristo continue brilhando em todos. Meu intenso abraço!!!
ResponderExcluirRô,
ResponderExcluirDesejo-lhe uma Feliz Páscoa.
Beijos.