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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Envelhecer com sabedoria


Prestando atenção ao meu envelhecer e ficando cada vez mais antenada a tudo o que ocrre à minha volta, para que não venha eu me tornar uma velha chata e dona da verdade, apenas por ter alguns anos a mais que os jovens que me sercam. Muio pelo contrário quero a cada dia aprender mais e mais com eles, pois a fonte do saber não está somente nos velhos e sim em todos nós que devemos levar uma vida cada dia mais saudável e nos interarmos a todo tipo de boas informações e formações.
Gostei muito desse artigo e divido com vocês.



SABEDORIA ESTÁ EM JAMAIS SE IMPOR A PALAVRA FINAL


Sejamos novos enquanto nos tornamos cada vez mais velhos

Para não ser acometido de um ataque de fúria contra os inexplicáveis e absurdos abusos com o dinheiro público (o mesmo que quase acometeu a cronista Cora Rónai), trato, hoje, de outro assunto.

Concordo com o teósofo, biblista e articulista deste canto José Reis Chaves, que nos aconselha a sermos novos enquanto nos tornamos cada vez mais velhos. Aliás, só merece a velhice aquele que tem a coragem de melhorar com o tempo. E creia: a tarefa é factível.

Não me refiro a (tentar) voltar no tempo e fazer, como alguns o fazem, mudanças estruturais ou profundas, tais e tantos são os estragos que produzem, por exemplo, as cirurgias plásticas (e, infelizmente, nos que mais acreditam nela...). Dependendo do seu porte, mudam até a personalidade e deixam o físico (que mais sofre com as supostas correções) em pandarecos. Nada tenho contra os que - velhos ou novos - a fazem. Se de fato gostam, tudo bem. Sou visceralmente contra a censura, em qualquer das suas formas. Há amigos - velhos, nos dois sentidos - que a fizeram e gostaram...

Que fique claro que não tenho receita para enfrentar a dura peleja que é a velhice. Que se inicia, às vezes, ainda na mocidade. E, para se caracterizar de verdade, não conta só com o tempo, ou só com a idade, que é a duração "ordinária" da vida, naquele sentido que o vocábulo assume quando se diz assim de alguém: "Fulano é ordinário!" Para mim, o velho precisa viver mais o extraordinário do que o ordinário. (Por favor, não me perguntem como se consegue isso porque não sei...).

Digo, humildemente, pela experiência que (ainda não) adquiri: a primeira condição talvez seja a de se conscientizar, como propõe meu irmão Otto Lara Resende, em entrevista a Leo Gilson Ribeiro, de que "a morte é o clube mais aberto do mundo". A entrada - digo eu - é gratuita, não exige joia nem condomínio, não dispõe de estatuto, não discrimina nem tem taxas ou contribuição de melhoria, nem dispensa quem quer que seja. Passou por aqui, há de passar por ela...

Há muitas outras condições. Pelo menos esta - tenho certeza - é indispensável: aceitar não só a velhice, mas a sua velhice. Olhar-se no espelho toda manhã e dizer para si mesmo: "Sou um velho resignado, mas que se rebela contra o massacre do tempo e não permite, igualmente, seja intimidado por ele a ponto de me tornar um zero à esquerda. Quero tudo a que tenho direito e que a vida me possa dar. Tudo dentro do ritmo de que sou capaz de suportar". Diga isso todas as manhãs, e nunca se impressione com ela só porque a viu de perto...

Alinho mais uma condição, talvez a principal: saiba conviver com velhos e novos, tratando-os com a mesma atenção, mas não absorva os maus conselhos, que sempre vêm de uns e de outros. Com os primeiros porque (para sua segurança) necessitam da compreensão de velhos como você; com os segundos porque (coitados!) podem não chegar à sua idade... É muito útil lembrá-los dessa verdade...

Mas nunca se iluda (como muitos de nós): a velhice pode, sim, piorar os defeitos naturais à juventude, mas pode conduzi-lo à sabedoria. Essa conquista, porém, só será possível entre os jovens. É através deles, no meio deles e somente com eles, e sem largar de lado os velhos, que você se tornará um sábio - um sábio cuja sabedoria está em que jamais se deve impor (só porque se é velho) a palavra final.

Como disse a filósofa (e imortal) Hannah Arendt, "a falta de futuro não precisa ser, necessariamente, causa de angústia"...

Fonte aqui

Bom dia a todos(as)!
rosane!

3 comentários:

  1. Não sei se todos se prestarão a fazer esse exercício. A experiência e a sabedoria são privilégios dos idosos, eles carregam o peso do mundo, viram e participaram de tantas coisas. Jovem inteligente é aquele que procura seu tesouro por intermédio dos conselhos de quem já viveu muito e por isso a convivência é salutar. Por outro lado, os mais maduros podem se render a argúcia e aos novos conhecimentos trazidos pelos jovens. Compreender cada fase e o que ela significa, só tomamos conhecimento com a maturidade e os jovens que convivem com os mais velhos e os escutam, poupam muitas tristezas e colhem muitas alegrias. Boa semana! Beijus

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  2. Gostei da reflexão e concordo com a Luma, em absoluto. O pior de tudo são os que já nascem velhos e os jovens que nada aproveitam, porque crêem saber tudo.

    É pela curiosidade sempre desperta e pela partilha que se conquista a sabedoria.

    Um abração, Rô e alegro-me por saber que ultrapassou mais uma dificuldade. Tenho andado afastada, por razões profissionais, mas trago-a sempre no meu coração.

    Joana

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  3. A experiência e a sabedoria são privilégios dos idosos, concordo plenamente com a Luma!
    Mas sempre temos o que aprender, não é mesmo, mãezinha querida!

    Um grande beijo no seu coração!

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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