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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Dois mundos



"A morte liberta o escravo. A morte submete o rei e papa. E paga a cada um seu salário. E devolve ao pobre o que ele perde. E toma ao rico o que ele abocanha."
*Hélinand de Froidmont, em "Os Versos da Morte"

Um só planeta, dois mundos tão distantes... A Terra produz o suficiente para todos. Porém, há tantos que despertam e adormecem com fome...
Políticos de um partido qualquer, comemoram uma vitória qualquer, numa eleição qualquer... Que diferença faz...? Cada vez mais imersa em escândalos, falcatruas e no seu eterno teatro de vaidades, a política partidária se distancia cada vez mais daqueles a quem deveria servir: o povo...
As bolsas de valores comemoram os crescentes lucros obtidos com rentáveis ações. É a festa dos ricos, cada vez mais ricos... Enquanto isso, no outro extremo, a vã espera por qualquer resto, migalha ou sobra que possa atenuar a fome...Que cruel abismo é este que construímos...?De um lado, o consumo desenfreado. E do outro, nada para consumir... Como a vida é frágil, se a abandonam...
Separados pelo abismo, dois mundos diferentes:- de um lado, o nosso mundo, o dos abençoados pelo destino;- do outro, o triste mundo da grande maioria de excluídos, esquecidos, ignorados pelo destino...Enquanto a maioria prefere ignorar o que se passa do outro lado do abismo, existem, - ainda bem -, aqueles que enxergam além, se preocupam, e tentam construir pontes. E uma destas pessoas se chama Angelina, ‘pequeno anjo’ em italiano.




O que leva uma jovem atriz a abdicar de todo conforto, e viajar meio mundo para aliviar com seu abraço um coração entristecido...?
O garoto africano, de sete anos de idade, traumatizado pelos tantos conflitos tribais que já presenciou, vive excessivamente agitado, motivo pelo qual sua família o mantém amarrado o tempo todo. Durante a visita, diante do carinho e do abraço, aquietou-se...
Há sete anos envolvida em trabalhos humanitários, Angelina Jolie conta que durante os primeiros dois anos chorava continuamente durante as viagens. Hoje, diz que aprendeu a controlar melhor o sentimento de desespero diante de tamanha miséria, e que busca meios que viabilizem uma solução para os tantos problemas encontrados. Como embaixadora da boa vontade das Nações Unidas, ela tem percorrido dezenas de países: Chade, Costa Rica, Índia, Paquistão, Líbano, Sudão, Tailândia, Sri Lanka, Tanzânia, Equador, Namíbia, Camboja, Serra Leoa, entre outros.
Na foto, em Nova Delhi, Índia, durante uma visita a crianças refugiadas afegãs. A primeira pessoa a ser agraciada com o título de “Cidadã do Mundo”, conferido pelas Nações Unidas.
Eu não me sinto apenas americana, mas também cidadã do mundo.”
Angelina Jolie foi escolhida pela revista Time como a segunda mulher mais influente do globo. Além de emprestar sua imagem, e doar seu tempo e dinheiro a refugiados e órfãos, ela procura levar a realidade que vivencia nas suas viagens até os líderes mundiais e governantes dos países ricos, propondo soluções e cobrando ações.

Segundo a reportagem da revista Time, doa um terço de seus rendimentos em prol das causas humanitárias. Chamar a atenção do mundo às causas humanitárias, envolvendo-se intensamente em cada projeto, também tem seus riscos. Enquanto visitava Angola juntamente com a Unicef, após a guerra em 2002, foi contaminada gravemente pela malária, chegando a quase perder a audição.
Na época, ao comentar o episódio numa entrevista, afirmou: “Existem alguns riscos que são dignos de se correr, porém o medo de riscos é indesculpável. Você tem que defender aquilo em que você acredita.”
Numa outra entrevista, ela afirma que durante a adolescência era um tanto rebelde, e que não conseguia se imaginar constituindo família algum dia. Acrescenta que a oportunidade de colaborar para uma causa mais nobre mudou toda a sua maneira de enxergar a vida.

“O que eu tenho feito tem me dado uma nova perspectiva e me levado a descobrir um outro mundo, de dor e medo. Alcançar o próximo me conduziu a uma vida de significado”.
Certa vez, interrogada por um jornalista sobre as suas motivações humanitárias, respondeu: "Gostaria que Maddox se recordasse de mim não apenas como uma atriz que atuou bem e que por isso ganhou prêmios, mas também como alguém que se preocupou com os outros e que fez, ou que pelo menos tentou, com que o mundo fosse melhor para os outros".
Angelina representa este momento de ressaca e digestão dos tempos de excesso, em que questões antes tidas como públicas viram responsabilidade pessoal.

*Camila Piza, psicóloga

Sexy sem ser vulgar, Angelina concentra a versatilidade do papel feminino contemporâneo. Suas mil faces não deixam espaço para a imagem certinha. É o novo tipo de celebridade. Enfim, uma heroína de carne e osso.
*Dario Caldas, sociólogo


Uma heroína com os olhos voltados para o mundo real, que ela tenta melhorar com compaixão e bravura. Guerreira e frágil, a diva ambígua constrói, com um velho coração maternal, uma nova família multiracial.* Revista VEJA
As premiações, o Oscar e o Globo de Ouro que ela acumula, os filmes e os festivais...


Tudo isso passará...Porém, o amor, a solidariedade, a generosidade e a compaixão... São estes os bens eternos, que para sempre acompanharão aqueles que os manifestam...
Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.


*Érico Veríssimo


Presente.:-
.: Blog: A Casa do Zé Carlos: http://zecarlosmanzano.blogspot.com/
.: Blog: Almas Douradas: http://almasdouradas.blogspot.com/


Boa semana a todos(as)
Rosane!



Recados e Imagens - Bom Dia - Orkut

5 comentários:

  1. Oh, vó... que belo presente a senhora me deu. Vou dizer porque:
    Eu não gostava dela. Não era despeito, simplesmente tinha antipatia da forma como todos a adoravam, achava exagerado... mas nunca tinha procurado prestar atenção na vida de Angelina Jolie, realmente.
    De uns tempos para cá minha visão vem mudando, e muito. Passei e ainda passo por algumas situações que requerem muita força de vontade, e aí lembro dessa mulher, de tudo que ela teve que enfrentar para ser como é (autêntica) e ainda assim não tem medo da vida, vai até as outras pessoas, quer saber como são, quer fazer algo por elas, adota crianças pelo mundo não porque está na moda, mas porque quer mesmo ser mãe, um pouco mãe do sofrimento delas... E isso me inspira, vó, a enfrentar também o mundo com força e fazer o que eu posso por mim e pelos outros. Um dia eu também quero adotar e aí me lembro ainda mais dela, do coração imenso que cabem tantos filhos diferentes...

    Tá vendo? Hoje a vejo com outros olhos mesmo. =) E esse trabalho de Angelina na ONU me lembra muito a Audrey Hepburn, com seus trabalhos na Unicef, são muito parecidos. Ela também levava esperança a coraçõezinhos aflitos.

    beijos, vó Rô, e boa semana!

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  2. Pois é, eu também aprendi a ver mais qualidades na Angelina do que simplesmente suas atuações no cinema!

    Aprendi a admirá-la e respeitá-la por tudo que ela fez e tem feito pelos menos favorecidos, para dizer o mínimo! E agora sei porque ela tem passado por problemas de saúde: ela, infelizmente, somatiza tudo que vive diante de tanta miséria e descaso!!

    Beijos, Rô!

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  3. Muito bom o texto, Rô!

    Ótima a tua idéia de mostrar este lado diferente da Angelina! Como diz a Rita Lee: "Nem toda a feiticeira é corcunda, nem toda a mulher é bunda."

    Pena que a Lorena chegou antes, pois a primeira coisa que lembrei ao ler este texto foi justamente da Audrey Hepburn, Embaixadora da UNICEF. Acredito que esta deve ter sido uma das inspirações para a belíssima (por fora e por dentro) Angelina Jolie.

    Beijão!

    Sensata Paranóia

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  4. Lorena, Juca e Urbano já disseram tudo! Sempre admirei Angelina, antes pela beleza exterior, agora mais ainda pela solidariedade. Ela transpira toda beleza que tem no coração.

    Beijos, Rô!

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  5. Eu sempre admirei a Angelina, ela é humana, linda por dentro e por fora! O mundo precisa de exemplos assim e tomar as atitudes humanas...
    Beijos, Vó!!

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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