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quarta-feira, 17 de março de 2010

"ESPERANÇA PACIENTE POR MILTON PAULO LACERDA-RECEBI POR E-MAIL-





















ESPERANÇA PACIENTE

A fé na fidelidade de Deus, a certeza de que ele está sempre presente, atuante e providente, confirma nossa segurança, enraíza nossa confiança, solidifica nosso posicionamento na virtude teologal da Esperança. Esta a advertência de S. Inácio para o momento em que nos sintamos envolvidos pelas névoas geladas da desolação, prejudicados na visão clara da fé e mais ou menos esfriados no fervor da Caridade. Provavelmente ele riria conosco ao conhecer nosso provérbio que diz: "Paciência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém".

A vida tem dessas coisas, nada é perfeito, liso e sem turbulências. Temos altos e baixos, porque somos criaturas. Feliz de quem aceita e assume tal constatação. Mais feliz quem, ao tomar consciência da presente crise, empenha-se para valer na tarefa de garantir a Esperança. "Sempre é cedo demais para desistir", dizia Norman Vincent Peale em um de seus muitos livros sobre o Pensamento Positivo. Está ali o antídoto principal para a desolação.

Como o piloto em treinamento, que faz a experiência virtual de vôo cego, o cristão aciona o dispositivo da Esperança, procura ativar a certeza de que logo mais será de novo consolado. Vale lembrar ainda uma vez: Deus é fiel e não deixará que sejais tentados acima de vossas forças (1 Cor 10, 13). Juntamente com este enfoque renovado da mente, precisará a pessoa ir agindo de acordo, como se já estivesse consolada, lutando para agir da maneira mais normal possível. Trata-se de atitude de defesa contra a dúvida e a insegurança. Trata-se de "esperar contra toda esperança", como costumam dizer.

Trata-se de assumir o que costumo chamar de "estratégia do sucesso", maneira de encarar as situações com a firme e decidida atitude de que "vai dar certo", em contraposição com a atitude temerosa e hesitante de quem fica a se perguntar: "Será que consigo?" ou "E se acontecer isso mais aquilo...?". Nisto aqui consiste a chamada "estratégia geradora de ansiedade", que tem, como resultado final, a exteriorização do negativismo aparecendo em algum tipo de mal-estar físico, dependendo de cada um. Por exemplo, dificuldade para respirar, taquicardia, dor de barriga, sudorese e assim por diante.

É preciso começar tudo de novo. Obrigar-se a fazer uma previsão positiva, consciente. Consequências positivas: segurança, auto-confiança, paz. Repercussão física: bem-estar geral, relaxamento...Outra face da moeda ou outro aspecto dessa atitude positiva é a oração da Confiança. A firme certeza de que Deus garante a mão, costuma ser suficiente para nos por novamente em pé.

Paciência, portanto, não é virtude "passiva" ou sinal de fraqueza, de quem fica apático à espera que as coisas aconteçam. "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", cantava Geraldo Vandré nos primeiros tempos da Bossa Nova. Paciência é autêntica virtude, é "virtus", força, perseverança e coragem. É permissão de escapar da armadilha da passividade a fim de tomar posição na superação das dificuldades. É "Ciência da Paz": do autodomínio, do autocontrole contra o descontrole da Desolação. É condição para construirmos a Autonomia. Ou seja, o equilíbrio de quem é senhor de si mesmo.

Milton Paulo de Lacerda.








Bom e maravilhoso dia para você!
Com cheirinho de Outono!
Rosane!

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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