Uma das minhas paixões é a leitura. Muitas vezes leio 2 ou 3 livros ao mesmo tempo. Demora um pouquinho, mas são assuntos diversos. Ou seja, se estou lendo um romance, não leio outro ao mesmo tempo. Procuro leituras diversificadas para não confundir minha mente. Não consigo ler um só livro de cada vez, é uma mania que tenho desde a adolescência. Essa mania de ler, e ler muito sempre levou a devagar e a sonhar. Nas horas mais tristes e mais alegres de minha vida sempre tenho à mão um bom livro.
E não é que esse vírus contraído faz bem!!!
É claro que jamais chegarei ao porte de José Midlin, dono da maior Biblioteca Particular do Brasil, que faleceu recentemente, ao 95 anos. É incrível ser acervo, e todos os livros foram lidos por ele. Ele doou mais de 45 mil livros, entre coleções e outros para a Brasiliana USP. Sua coleção começou a ser formada aos 13 anos de idade.
E diz o próprio José Medlin
Além do conteúdo, edição, encadernação, diagramação, tipografia, ilustração, ou papel, o livro exerce sobre mim uma atração física. Não me satisfaz ver um livro numa vitrine, sem poder pegá-lo. Minha tese é que a gente deve poder tocar naquilo que gosta, sentir objetos e pessoas… Gosto de artes gráficas, embora meu conhecimento seja empírico – mas convivendo com o livro a vida inteira, lendo coisas sobre tipografia, diagramação, ilustração, visitando bibliotecas, estudando catálogos e bibliografias, conversando com amigos que também gostam de livros, a gente naturalmente acaba aprendendo alguma coisa. Chego a pensar se não terei sido gráfico numa encarnação anterior, ou se o serei numa encarnação futura…E diz o próprio José Medlin
José Mindlin
[Mindlin, José. Uma vida entre livros: reencontros com o tempo. Prefácio de Antonio Candido. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 22].
fonte aqui
Leia a matéria abaixo e contraia o vírus da leitura, Midlin contraiu e viveu até os 95 anos em plena sanidade mental.
Leia e salve o seu cérebro
2010-02-15
Pesquisas científicas recentes defendem que a leitura é melhor para o cérebro do que jogos do tipo sudoku.
A história
A nave espacial, com 48 astronautas, pairava, em voo orbital, sobre o Planeta B. O ambiente a bordo era de expectativa, à mistura com alguma ansiedade e nervosismo. Dois colegas, um dos quais o comandante da nave, tinham voado para a estranha superfície do planeta com a missão de fazerem um reconhecimento dos sinais de vida que uma sonda, anteriormente lançada da própria nave, havia detectado.
O Planeta B (era B porque já haviam estado num anterior que, à falta de outra denominação melhor, havia sido baptizado como Planeta A) não parecia muito atractivo embora fosse diferente deste. O Planeta A, visitado uns meses antes, embora apresentasse uma atmosfera semelhante à da Terra, era seco e inóspito. Mas mostrara-se terrível: era simplesmente assustador! Havia nele uma espécie de força mental poderosa que gerava um sentimento de pânico generalizado entre os exploradores ao ponto de um deles ter enlouquecido e morrer de uma queda quando encetara uma fuga desesperada e sem sentido para longe dos seus companheiros.
O cenário
Mas, voltemos à história. No Planeta B esse sentimento de terror não se verificou. Era, todavia, um lugar igualmente estranho, bem diferente da longínqua Terra (que já estava bem longe, milhões de anos-luz para trás). O planeta estava rodeado de uma espécie de nuvem gigante que funcionava de forma muito semelhante a um oceano (!). No solo, sempre húmido, erguia-se uma vegetação espessa constituída por biliões de enormes plantas rasteiras, de aspecto viscoso, que o cobriam sob a forma de uma rede interminável. Vermes gigantes, esponjosos, e uns animais semelhantes a insectos igualmente de tamanho desmedido, pareciam ser as principais formas de vida animal ali existentes. O que não deixava de ser desanimador para quem andava pelo Espaço em busca de um planeta para viver.
O enredo
Poucas horas depois, os exploradores regressaram à nave-mãe para prosseguirem viagem pelo imenso espaço sideral. Espaço que, vim a saber mais tarde, para além dos diferentes tipos de astros que se conhecem, parecia possuir forças psíquicas por todo o lado e com as quais uma astronauta, possuidora de uma invulgar capacidade mediúnica, haveria de conseguir entrar em contacto, não sem alguns sustos pelo meio.
O poder da leitura
Voltemos à Terra. Aqui e agora. O que o leitor acabou de ler é uma descrição muito resumida de um romance de ficção científica que li recentemente. Confesso que este tipo de literatura sempre me atraiu da mesma forma que me atraem os mistérios do Cosmos e da Vida.
Vem tudo isto a propósito de um dos mais espectaculares exercícios de ginástica mental: a leitura. Envolver-se numa história, descobrir o perfil psicológico dos personagens, imaginar os cenários e acompanhar os enredos e a evolução dos enigmas, mistérios e situações activam diferentes áreas do cérebro e agilizam a mente.
Segundo as mais recentes descobertas científicas, a leitura, sobretudo de romances e contos, traz mais benefícios directos à saúde mental e à longevidade do cérebro do que aquele tipo de jogos tão em voga do género sudoku. Aliás, esses jogos e outros exercícios semelhantes, que puxam pelo raciocínio lógico-matemático, embora possam ter alguma utilidade, são susceptíveis de causar stress, o que é de todo negativo se o juntarmos ao stress oxidativo que fragiliza e mata os neurónios, sobretudo nas idades mais avançadas.
Por conseguinte, leia boas histórias, em especial aquelas que mais desafiem a sua imaginação e o transportem para “outros mundos”.
fonte aqui
Palavras de José Medlin::..
“Falei muito até agora. Pode ser até que tenha falado demais. Creio que se aplicaria bem ao meu caso a citação do Eclesiastes que serviu de epígrafe a muitas edições de Claudio Giordano, um editor criativo de São Paulo: ‘Um último aviso, filho meu: fazer livros é um trabalho sem fim’. Mas estou terminando, e, se tivesse de escolher uma coisa que desejaria que ficasse bem clara, de tudo quanto foi dito, é que, num mundo em que o livro deixasse de existir, eu não gostaria de viver” (p. 214).fonte aqui
A nave espacial, com 48 astronautas, pairava, em voo orbital, sobre o Planeta B. O ambiente a bordo era de expectativa, à mistura com alguma ansiedade e nervosismo. Dois colegas, um dos quais o comandante da nave, tinham voado para a estranha superfície do planeta com a missão de fazerem um reconhecimento dos sinais de vida que uma sonda, anteriormente lançada da própria nave, havia detectado.
O Planeta B (era B porque já haviam estado num anterior que, à falta de outra denominação melhor, havia sido baptizado como Planeta A) não parecia muito atractivo embora fosse diferente deste. O Planeta A, visitado uns meses antes, embora apresentasse uma atmosfera semelhante à da Terra, era seco e inóspito. Mas mostrara-se terrível: era simplesmente assustador! Havia nele uma espécie de força mental poderosa que gerava um sentimento de pânico generalizado entre os exploradores ao ponto de um deles ter enlouquecido e morrer de uma queda quando encetara uma fuga desesperada e sem sentido para longe dos seus companheiros.
O cenário
Mas, voltemos à história. No Planeta B esse sentimento de terror não se verificou. Era, todavia, um lugar igualmente estranho, bem diferente da longínqua Terra (que já estava bem longe, milhões de anos-luz para trás). O planeta estava rodeado de uma espécie de nuvem gigante que funcionava de forma muito semelhante a um oceano (!). No solo, sempre húmido, erguia-se uma vegetação espessa constituída por biliões de enormes plantas rasteiras, de aspecto viscoso, que o cobriam sob a forma de uma rede interminável. Vermes gigantes, esponjosos, e uns animais semelhantes a insectos igualmente de tamanho desmedido, pareciam ser as principais formas de vida animal ali existentes. O que não deixava de ser desanimador para quem andava pelo Espaço em busca de um planeta para viver.
O enredo
Poucas horas depois, os exploradores regressaram à nave-mãe para prosseguirem viagem pelo imenso espaço sideral. Espaço que, vim a saber mais tarde, para além dos diferentes tipos de astros que se conhecem, parecia possuir forças psíquicas por todo o lado e com as quais uma astronauta, possuidora de uma invulgar capacidade mediúnica, haveria de conseguir entrar em contacto, não sem alguns sustos pelo meio.
O poder da leitura
Voltemos à Terra. Aqui e agora. O que o leitor acabou de ler é uma descrição muito resumida de um romance de ficção científica que li recentemente. Confesso que este tipo de literatura sempre me atraiu da mesma forma que me atraem os mistérios do Cosmos e da Vida.
Vem tudo isto a propósito de um dos mais espectaculares exercícios de ginástica mental: a leitura. Envolver-se numa história, descobrir o perfil psicológico dos personagens, imaginar os cenários e acompanhar os enredos e a evolução dos enigmas, mistérios e situações activam diferentes áreas do cérebro e agilizam a mente.
Segundo as mais recentes descobertas científicas, a leitura, sobretudo de romances e contos, traz mais benefícios directos à saúde mental e à longevidade do cérebro do que aquele tipo de jogos tão em voga do género sudoku. Aliás, esses jogos e outros exercícios semelhantes, que puxam pelo raciocínio lógico-matemático, embora possam ter alguma utilidade, são susceptíveis de causar stress, o que é de todo negativo se o juntarmos ao stress oxidativo que fragiliza e mata os neurónios, sobretudo nas idades mais avançadas.
Por conseguinte, leia boas histórias, em especial aquelas que mais desafiem a sua imaginação e o transportem para “outros mundos”.
fonte aqui
Palavras de José Medlin::..
“Falei muito até agora. Pode ser até que tenha falado demais. Creio que se aplicaria bem ao meu caso a citação do Eclesiastes que serviu de epígrafe a muitas edições de Claudio Giordano, um editor criativo de São Paulo: ‘Um último aviso, filho meu: fazer livros é um trabalho sem fim’. Mas estou terminando, e, se tivesse de escolher uma coisa que desejaria que ficasse bem clara, de tudo quanto foi dito, é que, num mundo em que o livro deixasse de existir, eu não gostaria de viver” (p. 214).fonte aqui
Um bom e maravilhoso sábado para você!
Rosane!
Eu adoro ler Rô,mas diminui muitissimo meu ritmo desde que me mudei pra este estado, o porque e simples,la em meu estado eu podia contar com a ajuda da minha mãe pra tudo...aqui não,então acabo sobrecarregada...meu tempo e dividido entre a casa(e minha secretaria)meu marido e minha filhinha....o meu blog foi um esforço de ter um tempo meu...mas senti também que parando de ler ando esqueçendo mais das coisas,acho que e por falta de exercicios....
ResponderExcluirDeusa
vasinhos coloridos
oi minha amiga Rô - demoro mas venho - eu vim aquele dia do teu desabafo sobre ser vó e não ter o devido temo que merecias - eu chorei tanto que não consegui escrever nada - senti tua tristeza toda - q vc não fala isto para teus filhos? fla que quer um dia inteirinho eles contigo - dormir com eles,- isto faz bem para todos-vai ficar pelo resto da vida na mente dos netos , faz bem para os avós, eu sempre deixava meus filhos com minha mãe - aliás eles já levavam suas roupas dentro da mochila e as vezes eu nem sabia- o aor de aos ´e diferente , as vezes eu ficava braba porque minha mãe estragava eles, mimava , mas entendeia tb- e naquele fim de semana miha mãe tinhae ligado e chorou muito que estava com saudades de nós - mas nós moramos longe e ela tem um neto que está sempre com ela e eles adoram-
ResponderExcluireu se fosse vc abria o coraçã para eles - as vezes eles pensam que vcs não querem justamente por não falarem , não desabafarem, ponha seu coração no seu pedido - tenho certeza que eles entenderão
pode ir lá desabafar
e no email tb
luciaklein@oi.com.br
bjs
bom domingo
lú