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sexta-feira, 22 de maio de 2009

- Sou Miss Imperfeita -

Para Du com carinho o texto não é próprio para o Juca mas meu amor sim!

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.


Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprende
r a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.


Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.


Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o temp
o a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar al
guns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante' .

Martha Medeiros
- Jornalista e escritora

(Texto na Revista do
Jornal O Globo)



Que seu final de semana seja repleto de amor e luz.

Du e Juca passaram o dia inteiro comigo, dizer que estou feliz é muito pouco, como foi bom sentir o calor e o cheirinho gostoso de seus corpos, como foi bom dar um abraço apertado e um beijo gostoso, como é bom saber que existe pessoas maravilhosas como eles. Que Deus os abençoe e que muitas outras vezes estaremos juntinhos. Na semana que vem eles voltam e poderam ficar mais tempo aqui em casa.
Te amo Duzinha minha filha, te amo meu irmão querido Juca.
Tenham uma linda viagem até o rio e curtam bastante todos por aí!



2 comentários:

  1. Rô, que texto lindo! Este texto da Martha eu ainda não tinha lido, ela é demais, né?

    Nossa, hoje o dia foi tão emocionante que parece que eu ainda estou sonhando. É difícil acreditar que estou aqui em SP e que abracei você e o Juca hoje! \o/\o/\o/
    Parece que a minha ficha não caiu ainda! rsrsrsrs

    Mãezinha, adorei te conhecer, se eu já te achava sensacional, depois de hoje eu te acho simplesmente perfeita! Com certeza é a mãe que eu gostaria de ter, um exemplo de vida e sabedoria! Te admiro mais ainda depois de hoje, cada vez mais!
    Te amo, te amo, te amo!

    Chegamos agora a pouco e tô tão cansada que não vou conseguir postar as fotos no blog hoje e amanhã viajamos bem cedinho!
    Até a semana que vem, quando voltaremos aí!!

    Um beijo pra você e outro pra Hevi!

    ResponderExcluir
  2. Que lindo post, Rô! Adorei o texto!

    Que bom que vocês se conheceram pessoalmente! Imagino como foi bom! Um dia também quero conhecer todo mundo! Venham ao Nordeste, aproveitar as lindas praias daqui, tenho certeza que irão amar! :-)

    Tenha um lindo final de semana, aqui hoje está chovendo bastante! Mil beijos!!!

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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