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Quando fiquei sabendo dessa Blogagem Coletiva - O LIVRO DA MINHA VIDA - logo me veio a mente o primeiro livro que li. Estava eu com 13 anos de idade, minha professora de história geral foi quem indicou o livro "O DIÁRIO DE ANNE FRANK". A leitura sobre a segunda guerra mundial sempre fascinou. Esse livro foi para mim um marco em minha vida. Vivi a ditadura em seu apogeu. Sentia-me aprisionada, não podíamos falar de nada sobre nada, tudo tinha que ser pensado e repesando, para não haver qualquer tipo de problema com as autoridades. Meus pais morriam de medo de tudo, sair de casa era um caos, tudo tinha que ser muito bem pensado.
Até para comprar um livro tinha que ser muito bem escolhido. Foi minha avó materna quem me presenteou, até então nunca havia lido um livro e nem sequer tinha pego um nas mãos, que fosse meu só meu.
De lá para cá foram vários livros lidos e relidos. Apesar da ditadura a gente sempre conseguia dar um jeitinho para obter leituras proibidas. As idas e vindas na Biblioteca Pública ficaram cada vez mais frequentes.
O DIÁRIO DE ANNE FRANK ficou sendo o livro da minha vida. Foi muito triste tê-lo perdido. Quando me casei não levei-o comigo, eram muitos e não tinha onde colocá-los em minha pequena casa. Deixei-os em casa de minha mãe, mas ela acabou por doar todos os meus livros sem que eu soubesse. Mas com o tempo fui adquirindo novamente e o primeiro que tornei a comprar fora ele, o DIÁRIO DE ANNE FRANK, para mim uma relíquia. Esse foi um dos livros mais vendidos e comentados em todo o mundo, por se tratar de uma obra contada com requintes de detalhes e afinal contar a crueldade praticada contra os Judeus na segunda guerra mundial.
Colocarei um resumo desse maravilhoso livro para os que não o conhecem, e para os já tiveram a oportunidade de conhecer relembrar de tão bela e emocionante história verídica.
O resumo::-
Anne Frank e seu diário
Os relatos de uma vítima do holocausto nazista
Túlio VilelaEspecial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Retrato da adolescente Anne Frank, vítima e testemunha do holocausto
Em 3 de abril de 1946, o mundo conheceu a tragédia de Anne Frank, que se tornou um dos símbolos do holocausto: artigo intitulado Kinderstem ("A voz de uma criança") publicado no jornal holandês Het Parool contava trechos do diário da menina que havia sido morta em campo de concentração.Anne nasceu na Alemanha em 1929. Seu verdadeiro nome era Annelies Marie, mas todos em sua família a chamavam carinhosamente de "Anne". Ela era a segunda filha do casal Otto e Edith Frank. Sua irmã, Margot, era quatro anos mais velha.O pai era um homem de negócios e um oficial condecorado que lutou no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1934, quando o nazismo fez aumentar as perseguições aos judeus na Alemanha, a família mudou-se para Amsterdã, na Holanda. As filhas do casal foram matriculadas em escolas locais, onde se saíram muito bem nos estudos: Margot demonstrava maior aptidão para matemática, enquanto Anne demonstrava maior interesse em leitura e redação.Em 1938, Otto Frank e um sócio, Hermann van Pels, fundaram uma empresa nova. O sócio também era um judeu que havia fugido com a família para a Holanda. Em 1939, a avó materna de Anne Frank veio morar com a família e permaneceu com eles até sua morte em janeiro de 1942.
Ocupação da Holanda
Em maio de 1940, a Alemanha nazista invadiu e ocupou a Holanda. Sob a ocupação nazista, os judeus que viviam na Holanda passaram a ser alvo de leis segregacionistas. Crianças judias ficaram proibidas de estudar nas mesmas escolas onde estudavam crianças não-judias. Por causa dessa proibição, Anne e Margot tiveram que ser transferidas das escolas onde estudavam para um colégio judaico.No dia 12 de junho de 1942, quando completou 13 anos, Anne Frank ganhou de presente de seu pai um livro. Esse livro era o mesmo que estava na vitrine de uma loja em que ela e o pai passaram e que havia lhe chamado a atenção. Embora fosse um livro para autógrafos, Anne começou a usá-lo como diário quase que imediatamente.Nele, a jovem começou a registrar fatos corriqueiros na vida de qualquer adolescente. Pouco a pouco, Anne começou a registrar com freqüência cada vez maior as dificuldades enfrentadas pelos judeus por causa da ocupação nazista.
O esconderijo
No mês de julho de 1942, a família Frank recebeu a notícia de que seria obrigada a se mudar para um campo de trabalhos forçados. Para fugir desse destino, a família transferiu-se para um esconderijo no prédio onde funcionava o escritório do pai.
Para deixar a impressão de que haviam fugido apressadamente, Anne e seus familiares deixaram o apartamento todo desarrumado. Além disso, o pai deixou um bilhete, tratava-se de uma pista falsa com o intuito de levar os nazistas a acreditarem que a família estava tentando viajar para a Suíça.
O prédio comercial onde Anne e sua família se esconderam tinha dois andares, com escritórios, um moinho e depósitos de grãos. O esconderijo consistia em alguns cômodos num anexo que ficava nos fundos do prédio. Para disfarçar o esconderijo, uma estante de livros foi colocada na frente da porta que dava para o anexo. Na montagem do esconderijo, Otto Frank contou com a ajuda dos quatro funcionários em quem mais confiava: Victor Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Bep Voskuijl. Eles mais o pai de Johannes e o marido de Miep eram os únicos que sabiam da existência do esconderijo.
Vida clandestina
Essas pessoas mantinham os Frank informados com notícias da guerra e da perseguição dos nazistas aos judeus. Também os ajudavam trazendo comida que compravam no "mercado negro", tarefa que foi se tornando cada vez mais difícil e arriscada com o tempo. Os cidadãos não-judeus que ajudavam judeus a se esconderem corriam o risco de ser executados imediatamente pelos nazistas caso fossem descobertos.
No final de julho daquele ano, outros judeus buscaram abrigo no mesmo esconderijo: a família van Pels, que era composta por Hermann, o sócio de Otto Frank, sua esposa, Auguste, e o filho Peter, um jovem de dezesseis anos.
No começo, Anne não se interessou pelo tímido Peter por achá-lo desajeitado demais, mas depois mudou de opinião e ambos iniciaram um romance. Em novembro, um amigo judeu da família de Anne também passou a morar no esconderijo: o dentista Fritz Pfeffer.
Como era de se esperar, com tantas pessoas vivendo juntas e em condições precárias, problemas de convivência começaram a surgir. Para piorar, estava cada vez mais difícil conseguir comida. Anne passava a maior parte do tempo escrevendo seu diário ou estudando. Todo dia, logo após o almoço, ela fazia atividades de matemática, línguas, história e outras matérias.
Na manhã de 4 de agosto de 1944, a polícia nazista invadiu o esconderijo, cuja localização foi descoberta por um informante que jamais foi identificado. Todos os refugiados foram colocados em caminhões e levados para interrogatório. Victor Kugler e Johannes Kleiman também foram presos, ao contrário de Miep Gies e Bep Voskuijl, que foram liberados.
Esses últimos voltaram ao esconderijo onde encontraram os papéis de Anne espalhados no chão e diversos álbuns com fotografias da família. Eles reuniram esse material e o guardaram na esperança de devolver à Anne depois que a guerra terminasse.
Auschwitz
Anne Frank e sua família foram mandadas para o campo de Auschwitz, na Polônia. Mais do que um campo de concentração, era também um campo de extermínio. Idosos, crianças pequenas e todos aqueles que fossem considerados inaptos para o trabalho eram separados do demais para serem exterminados de imediato.
Dos 1.019 prisioneiros transportados no trem que trouxe Anne Frank, 549 (incluindo crianças) foram separados dos demais para serem mortos nas câmaras de gás. Mulheres e homens eram separados. Assim, Otto Frank perdeu contato com a esposa e as filhas.Junto com as outras prisioneiras selecionadas para o trabalho forçado, Anne foi obrigada a ficar nua para ser "desinfetada", teve a cabeça raspada e um número de identificação tatuado no braço. Durante o dia, as prisioneiras eram obrigadas a trabalhar. À noite elas eram reunidas em barracas geladas e apertadas. As péssimas condições de higiene propiciavam aparecimento de doenças. Anne teve sua pele vitimada pela sarna. No dia 28 de outubro, Anne, Margot e a senhora van Pels foram transferidas para um outro campo, localizado em Bergen-Belsen, na Alemanha. A mãe, Edith, foi deixada para trás, permanecendo em Auschwitiz. Em março de 1945, uma epidemia de tifo se espalhou pelo campo de Bergen-Belsen.
Estima-se que cerca de 17 mil pessoas morreram por causa da doença. Entre as vítimas estavam Margot e Anne, que morreu com apenas 15 anos de idade, poucos dias depois de sua irmã ter morrido. Seus corpos foram jogados numa pilha de cadáveres e então cremados.
O sobrevivente
Otto Frank foi o único membro da família que sobreviveu e voltou para a Holanda. Ao ser libertado, soube que a esposa havia morrido e que as filhas haviam sido transferidas para Bergen-Belsen. Ele ainda tinha esperança de reencontrar as filhas vivas.Em julho de 1945, a Cruz Vermelha confirmou as mortes de Anne e Margot. Foi então que Miep Gies entregou para Otto Frank o diário que Anne havia escrito. Otto mostrou o diário à historiadora Annie Romein-Verschoor, que tentou sem sucesso publicá-lo. Ela o mostrou ao marido, o jornalista Jan Romein, que escreveu um texto sobre o diário de Anne.
O diário foi finalmente publicado pela primeira vez em 1947.
A obra teve tal sucesso, que os editores lançaram uma segunda tiragem em 1950. O "Diário de Anne Frank" foi traduzido para diversas línguas, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. O livro que começou como um simples diário de adolescente transformou-se num comovente testemunho do terror nazista
*Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do Estado de São Paulo e um dos autores de "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula" (Editora Contexto).
imagem de parte do diário aqui
Bom dia Vanessa, que está Blogagem seja um sucesso, as flores são para você. Parabéns por sua iniciativa!
Que Deus abençoe a todos nesse dia tão maravilhoso onde sol brilha e vida pulsa latente em todos nós!
Rosane!
Rô, obrigada pelas lindas flores. Olha, este livro me marcou muito, lembro dele perfeitamente, cada sobressalto e cada lágrima. Bela participação a sua, obrigada de coração.
ResponderExcluirOi Rosane!
ResponderExcluirNem acreditei quando comecei a ler seu post. O Diário de Anne Frank era minha segunda opção pra coletiva. Um professor me indicou e eu peguei pra ler na biblioteca. Depois de alguns anos não resisti e comprei.. não podia faltar na minha coleção.
Me identifiquei quando você disse: "um livro que fosse meu, só meu". Também pensei nisso quando fiz a minha escolha.
Adorei!
Beijo grande!
Cheguei até aqui através da Coletiva da Vanessa. Engraçado como os blogueiros são viciados em leitura! Confirmei a teoria de que a escrita e a leitura caminham sempre juntas.
Gostei muito do seu post. Li vários livros da Agatha Christie também. Adorei em especial, O Caso dos 10 Negrinhos.
Voltarei mais vezes aqui.
Abraço!
Rô, também adorei "O Diário de Anne Frank", ele não saía da minha cabeça (ainda não saiu), e eu vi o filme, também. A blogagem coletiva está um sucesso!
ResponderExcluirRô, coincidentemente este livro está na gaveta ao meu lado, eu pretendo relê-lo assim que terminar os outros dois que estou lendo! Realmente é inesquecível, triste e emocionante!
ResponderExcluirParabéns pela escolha!
Beijão, minha mãezinha querida!
Este foi um dos livros que adorei ler.
ResponderExcluirGostei de relembrar dele aqui no seu blog :)
Parabéns pela participação na blogagem e pelo seu espáço aqui, que é também bastante interessante.
Abraços
Uma pena que haja pessoas que denunciam as outras. Se não fossem essas pessoas, talvez Anne tivesse continuado viva depois da guerra. Ela foi para os campos de concentração no último comboio que partiu da Holanda.
ResponderExcluirRô você poderia falar sobre as últimas declarações do Papa sobre o holocausto. Existe uma corrente na Europa colocando em dúvida o fato e querendo baní-lo da história.
E dia 15 foi aniversário de Miep Gies, a protetora da família Frank. 100 anos de vivência!! Sim, ela está viva e pode comprovar tudo. Veja - http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1365234
Boa blogagem! beijus
Realmente um ótimo livro.
ResponderExcluirParabéns pela escolha do livro.
Beijão do amigão
Rô, ficou sensacional a sua resenha e a sua escolha é sublime. A vida dessa mulher é de bater palmas.
ResponderExcluirUm beijao
Olá Rô!
ResponderExcluirQue resenha fantástica!! Ficou muito boa MESMO!
Eu conheço a obra, assisti a peças de teatro e cada vez que me deparo com o Diário de Anne Frank, sinto um peso no coração.
A ditadura é um horror! Portugal viveu um longo período de ditadura que o marcou até hoje.
Parabéns pela participação!
Um abraço
http://max-etnias.blogspot.com
Olá,
ResponderExcluirCheguei aqui através da lista da Blogagem Coletiva.
Li Anne Frank na escola, acho que tinha uns 15 anos. Boa escolha!
Abraços,
Helen
Olá!!!
ResponderExcluirEu li esse livro também e fiquei emocionada quando li, é uma história real que nos marca demais, e o mais interessante é ver que mesmo com todas as dificuldades de Anne ela teve grandes sensações de um adolescente, isso me tocou, entre é claro muitas outras coisas.
Eu também fiz um post sobre o livro.
Beijos
Oi querida, é verdade, mas é que a vida é um corre-corre por aqui. Nao tenho nenhum parente por perto para dividir o meu corre-corre e eu sou mae de criancas pequenas. Mas vou procurar vir mais vezes, ok?
ResponderExcluirUm grande beijo com o meu carinho por você.
Olá, querida Ro!
ResponderExcluirSobre o holocausto, realmente existe essa corrente que nega totalmente o fato, mas a Igreja Católica é contra, já que contra fatos não existe argumentos... junto com os judeus, muitos católicos morreram nesse ato de terrível mal que ocorreu no mundo.
Um site que eu gosto muito é o Zenit.org, que presta jornalismo cristão - muito bom: http://www.zenit.org
entre e digite "holocausto" na busca, que vc vai ter acesso à várias informações confiáveis, principalmente a respeito da visão da Igreja nesse assunto.
Uma matéria interessante do mesmo site:
Papa reconhece e condena holocausto
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 3 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI reconhece e condena o holocausto do povo judeu na época do nazismo, esclareceu o porta-voz da Santa Sé em resposta a declarações da chanceler alemã.
O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, respondeu aos novos pedidos de esclarecimento sobre a posição do Papa e da Igreja Católica, apresentados por Angela Merkel, citando as condenações públicas da Shoá que o Papa pronunciou neste pontificado.
A chanceler havia pedido «clareza» ao Papa e à Santa Sé sobre a controvérsia surgida ao levantar-se a excomunhão de quatro bispos tradicionalistas, entre os quais se encontra o bispo Dom Richard Williamson.
«Se uma decisão do Vaticano dá a impressão de que se pode negar o holocausto – afirmou nesta terça-feira a chefe do governo de Berlim em um encontro com os jornalistas –, esta deve ser esclarecida. Por parte do Vaticano e do Papa, é preciso afirmar muito claramente que não se pode dar nenhuma negação.»
O Pe. Lombardi explicou que «o pensamento do Papa sobre o holocausto foi exposto com muita clareza na Sinagoga de Colônia, em 19 de agosto de 2005, no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, em 28 de maio de 2006, na sucessiva audiência geral de 31 de agosto de 2006, e mais recentemente no final da audiência geral de 28 de janeiro passado, com palavras que não dão lugar a equívocos».
Em particular, o porta-voz repete as palavras pronunciadas nessa última ocasião pelo Papa: «Enquanto renovo com afeto a expressão de minha total e indiscutível solidariedade com nossos irmãos destinatários da Primeira Aliança, desejo que a memória da Shoá induza a humanidade a refletir sobre o imprevisível poder do mal quando conquista o coração do homem. Que a Shoá seja para todos advertência contra o esquecimento, contra a negação ou o reducionismo».
Segundo o Pe. Lombardi, «a condenação das declarações negacionistas do holocausto não podia ser mais clara, e pelo contexto é evidente que se referia também às posições de Dom Williamson e a todas as posições análogas».
«Nessa mesma ocasião, o Papa explicou claramente também que a revogação da excomunhão não tem a ver com uma legitimação de posições negacionistas do holocausto, que, como se pode ver, ele condenou claramente», conclui.
http://www.zenit.org/article-20716?l=portuguese
Abraços fraternos
Vó, esse tb é um dos livros da minha vida! Li quando tinha quinze anos e foi marcante, eu lembro com detalhes da história, do sótão em que a família vivia, das descobertas de Anne, do o primo com quem ela teve um romancinho, lembro até das batatas, que era, muitas vezes, a única coisa que eles tinham pra comer.
ResponderExcluirEu sou bem assim qunado uma coisa me marca, eu geralmente me lembro com detalhes. E Anne Frank tb me marcou muito. Um dia vou tê-lo tb! =)
Tb tnho saudades, voinha. beijos!
OI Ro
ResponderExcluirTenho muita vontade de ler este livro mas ainda não tive oportunidade,seu artigo ficou muito bom.
Parabéns pela participação
Boa noite
Rô, desculpe por não ter vindo antes!
ResponderExcluirAdorei sua escolha! Quem sabe agora me animo e leio o livro por completo. Até hoje li apenas resenhas!
Obrigado também por sempre me deixar uma palavra de carinho! :-)
Beijos!