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terça-feira, 10 de junho de 2008

- Uma histótia de Amor na Quinta da Lágrimas-



Dia virá que num desses dias qualquer de minha vida terei o grande prazer de passar alguns dias com meu esposo o vovô barba, o homem que amo, o homem que me realiza, que me faz feliz e me completa. Dizem que sonhar é preciso, o que seria de nossas vidas se os sonhos acabassem...por isso o dia dos namorados está para chegar então resolvi sonhar um pouquinho...assim como todos os eternos apaixonados como eu...e me responda se você pudesse e tivesse a oportunidade você também não iria para...

A QUINTA DAS LÁGRIMAS?
História da casa::-

A Quinta das Lágrimas entrou para a família dos actuais proprietários em 1730. Antes disso, a Quinta tinha já pertencido à Universidade e a uma Ordem Religiosa. Actualmente a Quinta das Lágrimas acolhe um requintado hotel de charme, pertencente à cadeia Relais&Châteaux. A Quinta é um local apaixonante, recheado de história, de lendas de amor e de recantos a descobrir. É o cenário ideal para escapar ao stress com as suas pessoas mais queridas. O Palácio foi construído no século XVIII mas um incêndio ocorrido em 1879 obrigou a grandes obras de reconstrução, tanto no interior como no exterior. A casa apresenta assim uma arquitectura do século XIX, sofrendo as variadas influências que o então proprietário, Miguel Osório Cabral de Castro, foi captando nas suas várias viagens pela Europa.
Ao longo do tempo foram passando pela Quinta várias ilustres personagens, tendo algumas delas deixado testemunhos da sua presença. Uma das mais insignes dessas personagens foi sem dúvida o Duque de Wellington, comandante do corpo expedicionário inglês que ajudou a suster as invasões Napoleónicas. A sua passagem pela Quinta justifica-se pelo facto de o então proprietário da Quinta, António Maria Osório Cabral da Gama e Castro, ser seu ajudante de campo, ao seu lado combatendo na célebre Batalha do Buçaco. Lord Wellington, durante o período que aqui passou, ter-se-à enamorado pelo ambiente da Quinta e pela lenda de Pedro e Inês, como o prova a lápide que mandou colocar junto à Fonte das Lágrimas, e onde se lê a estrofe 135 do canto III dos Lusíadas:

As filhas do Mondego, a morte escura

Longo tempo chorando memoraram

E por memória eterna em fonte pura

As Lágrimas choradas transformaram

O nome lhe puseram que ainda dura

Dos amores de Inês que ali passaram

Vede que fresca fonte rega as flores

Que as Lágrimas são água e o nome amores

Também por ele foram plantadas duas sequóias, hoje com cerca de 190 anos, e que desde essa altura são referidas como "Sequóias Wellington". Poucos anos depois, a Quinta terá sido honrada com a visita de Sua Alteza Real o Senhor Dom Miguel I, Rei de Portugal, que, segundo os relatos da família, também terá ficado encantado com o que viu. Um outro visitante ilustre foi Sua Alteza Imperial o Senhor Dom Pedro II, Imperador do Brasil.

Jardim

A maior parte dos jardins das Lágrimas foi idealizada por Miguel Osório Cabral de Castro em meados do século XIX. O jardim seguia uma tendência da época, a da constituição de uma espécie de Museu Vegetal, onde estariam representadas espécies de todo o mundo. Nas Lágrimas foram plantadas espécies raras e valiosas, algumas das quais são mesmo espécimes únicos no país. O então proprietário beneficiou da sua amizade com o director do Jardim do Botânico, com quem trocava exemplares. Da colecção das Lágrimas constam árvores tão variadas como Figueiras da Austrália (também referida como árvore da borracha), canforeiras, sequóias, plátanos, carvalhos, palmeiras, entre centenas de outras.

A Lenda

A principal lenda que gira à volta da Quinta é a história de Pedro e Inês. Pedro era o herdeiro presuntivo do trono ocupado por seu pai, o Rei Dom Afonso IV. Inês era uma dama galega, filha bastarda de Pedro Fernandez de Castro, um dos homens mais poderosos de Espanha e que por sua vez era neto de Sancho IV, Rei de Castela, como também o era Dom Pedro, o que torna Pedro e Inês primos. Também Dona Constança, esposa de Dom Pedro e futura Rainha de Portugal, era prima de Inês.


Perspectiva Histórica

Inês de Castro pertencia a uma poderosa família de fidalgos galegos, e descendia por linha bastarda de Sancho IV, rei de Castela. Havia também uma ligação com a família Albuquerque. Afonso Sanchez, o bastardo de Dom Diniz que Dom Afonso IV odiou de morte e por causa do qual o país mergulhou em guerra civil, casou com a dona do castelo de Albuquerque. A esta senhora chamava Inês de Castro mãe, porque foi ela quem a criou. Esta será a primeira fonte de ódio entre Afonso IV e Inês. Em 1350 estalou em Castela uma revolta dos grandes senhores contra Pedro I. O chefe da revolta era precisamente João Afonso de Albuquerque, filho de Afonso Sanches e, portanto, uma espécie de irmão adoptivo de Inês. Este usou certamente a sua influência junto de Inês para envolver o Infante Dom Pedro, com quem esta tinha um romance, nas guerras civis castelhanas. Esta tentativa de influenciar Dom Pedro chegou ao ponto de em 1354 enviar a Portugal um irmão de Dona Inês para propôr a Dom Pedro que este reclamasse para si a coroa de Castela (Dom Pedro era neto de Sancho IV). Dom Pedro só não aceitou a proposta devido à firme oposição feita por seu pai.
Foi para o impedir que Afonso IV ordenou a morte de Inês de Castro, numa altura em que Pedro estava ausente. Os executores foram Álvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e Pedro Coelho, validos do rei e ricos homens do Reino. Indignado com a justiça do pai, Pedro revoltou-se, e durante os meses que antecederam a celebração da paz, as suas tropas assolaram o país, chegando mesmo a ter o Porto debaixo de cerco.
Pedro, mal subiu ao trono, e apesar dos perdões solenemente jurados, logo tratou de capturar os assassinos de Inês, que se tinham refugiado em Castela para fugir à fúria do príncipe. As execuções dos culpados foram feitas com rigores atrozes, que perturbaram os contemporâneos. Um dos assassinos conseguiu escapar, mas dois foram capturados, sendo a um arrancado o coração pelas costas e ao outro pelo peito. Em 1360 o Rei anunciou que se havia casado secretamente com Inês e, pela mesma ocasião, mandou construir os monumentais túmulos de Alcobaça, para onde transladou o corpo de Inês e onde viria também ele a ser enterrado

Perspectiva Romântica

Sabe-se que as matas da Quinta teriam sido no século XIV coutadas de caça da família Real, que então residia em Coimbra. Era aqui que Pedro e Inês se encontravam, sempre em segredo, de maneira a que nada perturbasse o seu amor. Inês, que a história chamou de "colo de garça", tal era a sua beleza, residia no Paço do Convento de Santa-Clara-a-Velha, distante da Quinta não mais de quinhentos metros. Vivia ali porque a Rainha Santa Isabel havia decretado no seu testamento que se alguma pessoa da sua linhagem aí quisesse residir, o podia fazer.
Da Quinta sai um cano estreito, hoje chamado "dos amores", que vai terminar a uma centena de metros do Convento. Seriam as águas que brotam da Fonte dos Amores para este cano que serviriam de transporte para as cartas de amor de Pedro para Inês. Diz a lenda que o príncipe as colocava em barquinhos de madeira que, seguindo a corrente, iriam até às mãos delicadas de Inês. Terá sido nas matas das Lágrimas que Inês foi assassinada pelos três validos de Afonso IV. Reza a lenda que esta se encontrava "posta em sossego", quando de repente se viu abordada pelos três homens, que a esfaquearam até à morte. Terão sido as lágrimas que Inês então chorou que fizeram nascer a Fonte das Lágrimas, onde o sangue que do seu corpo saiu ainda hoje está gravado na rocha, onde permanecerá para sempre.
Mal Pedro subiu ao trono, logo arranjou a morte dos assassinos de Inês, fazendo-o de uma forma cruel, arrancando os seus corações. Depois transladou o corpo da sua amada para Alcobaça. Nessa altura terá sido feita uma marcha fúnebre até ao futuro local de repouso de Inês, na qual toda a Nobreza terá sido forçada a participar. Já em Alcobaça diz-se que Inês foi coroada (Camões diz nos Lusíadas que Inês "depois de morta foi Rainha"), tendo os nobres sido obrigados a beijar a sua mão

Riqueza Literária

A história de Pedro e Inês tem vindo a ser contada ao longo dos séculos pelos mais brilhantes escritores do mundo. Já foi referido que Camões dedicou uma grande parte do canto III dos Lusíadas à lenda de Inês de Castro, mas outros nomes, nacionais e estrangeiros, deixaram nas suas obras testemunhos da importância deste episódio da História de Portugal. Entre eles figuram nomes como António Ferreira, Voltaire, Victor Hugo, Ezra Pound, Stendhal, Agustina Bessa-Luis, Maria Leonor Machado de Sousa, Manuel Alegre, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada entre muitos outros.

Fonte de informação::-

http://www.portugalvirtual.pt/_lodging/costadeprata/quinta.das.lagrimas/pthistory.html


3 comentários:

  1. Esse lugar é realmente fantástico, Rô. Com certeza eu também gostaria de conhecer! Quem sabe um dia, né?

    E aqui os estragos foram grandes mesmo, o vento continua muito forte o o frio, de congelar os ossos! Aja saúde pra aguentar essas mudanças bruscas de temperatura, que caiu uns 15 graus de ontem pra hoje! Bom, pelo menos a chuva parou depois de quatro dias chovendo sem parar! \o/ Tá até ensaiando um sol lá fora, graças a Deus!

    E o Nando...pois é Rô.
    Só te peço uma coisa, tá? Coloque ele em suas orações que eu já coloquei nas minhas, ele precisa muito de nós em pensamento, emitindo energias positivas e boas vibrações pra ele. E pra isso, nada melhor que orações, não é?

    Beijo, mãezinha!

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  2. Nossa Rô,

    esse lugar é um espetáculo, fiquei encantanda com tudo.
    Mas um "museu vegetal" pra biólogo é um fascínio!
    Muitíssimo obrigada pelo selo, você é demais!!

    Abraço carinhoso e boa noite!!!

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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