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terça-feira, 8 de abril de 2008

Ofereço aos meus filhos para seus filhos!



“LIMITES”.

Somos a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos?
Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.

O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e mais poderosas do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.
Assim, SOMOS A ÚLTIMA GERAÇÃO DE FILHOS QUE OBEDECERAM A SEUS PAIS E A PRIMEIRA GERAÇÃO DE PAIS QUE OBEDECEM A SEUS FILHOS.

Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o julgo dos filhos.

E O QUE É PIOR: OS ÚLTIMOS QUE RESPEITARAM OS PAIS E OS PRIMEIROS QUE ACEITAM QUE OS FILHOS LHES FALTEM COM O RESPEITO.

Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal.

Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.

Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos.
Quem, agora, espera respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim!!!???

Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem.

Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como LÍDERES capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca.

Apenas uma atitude FIRME E RESPEITOSA lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente LIDERANDO-OS e não atrás, carregando-os e rendidos à sua vontade.

Temos que observar que SER FIRME É COMPLETAMENTE DIFERENTE DE SER
AUTORITÁRIO OU ESTÚPIDO.
Quando repreendermos uma criança, temos que fazê-lo com serenidade, sem descontrole emocional. E NÃO SE DEVE JAMAIS DIZER A UMA CRIANÇA: "VOCÊ É UM MENINO INSUPORTÁVEL" OU "VOCÊ É UM MENINO BURRO!" Isso pode ficar gravado no subconsciente da criança e causar problemas futuros.
Deve-se dizer: “VOCÊ É UM MENINO MUITO BOM E INTELIGENTE, MAS ESTÁ FAZENDO”.
“UMA COISA ERRADA, QUE EU NÃO VOU PERMITIR”. FAZER ISSO É ERRADO POR TAIS E TAIS RAZÕES
(explicar porque uma atitude está errada é extremamente importante, pois a criança tem um senso de justiça enorme. Mesmo que na hora ela faça mal criação, saberá no íntimo que você tem razão). Tem que ficar claro que o motivo do castigo foi a ATITUDE da criança, não o que ela é.

BATER NOS FILHOS ESTÁ FORA DE COGITAÇÃO, SÓ EM CASOS EXTREMOS! E SÓ A VELHA PALMADA NO BUMBUM OU BATER NOS BRAÇOS OU PERNAS. BATER NO ROSTO OU DA CINTURA PRA CIMA JAMAIS!!!! ISSO PODE DESTRUIR PARA SEMPRE A AUTO-ESTIMA DE UMA CRIANÇA E CRIAR UM SENTIMENTO DE INFERIORIDADE, QUE SE TRADUZ POR UMA FALTA DE PERSISTÊNCIA NOS ESTUDOS, NA BUSCA DE UM TRABALHO OU INCAPACIDADE PARA TOMAR DECISÕES E PLANEJAR A PRÓPRIA VIDA, QUANDO SE TORNAM ADULTOS.

É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.

“OS LIMITES ABRIGAM O INDIVÍDUO, COM AMOR ILIMITADO E PROFUNDO RESPEITO.”
- RECEBIDO SEM OS CRÉDITOS DE AUTORIA -

3 comentários:

  1. Rô, tem uma coisa que sempre faço com meu filho, que é conversar. Sempre digo a ele para ter paciência comigo, porque aprendi a ser mãe junto com ele, já que ele é filho único. Acho que a gente deve conversar com uma criança de igual pra igual, sem autoritarismos. O que se deve ensinar desde sempre, é o respeito, não só pelos pais, mas por todas as formas de vida. Acho que isso consegui passar para o meu filho.

    Beijão no seu coração!

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  2. Olá, minha amiga! Excelente post, muito verdadeiro, muito importante esse tema.
    Não tenho filhos ainda, mas pretendemos tê-los e é bom ir nos preparando, e aprendendo com seus posts!!
    Um abração!

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  3. Querida Rô!! Adorei o post!!

    Se tem uma atitude que abomino é a falta de respeito pelos pais, pela família.

    Beijos minha querida

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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".

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