O Destino de cada passo
Você alguma vez já trabalhou num grande projeto ou tarefa, em casa, no trabalho ou lazer, um projeto que o absorveu por inteiro e que sempre estava em sua mente, algo que era a sua vida, a sua realização pessoal e a razão de você levantar-se a cada manhã? Quando o projeto foi concretizado, o objetivo atingido, sentiu-se você vazio ou insatisfeito? Ficou se perguntando com desânimo: é isso mesmo, é só isso?
Durante os esforços empreendidos, o objetivo era realizar a tarefa, alcançar a meta, de cuja consecução você esperava ter a absorvente sensação de alívio e conquista.
Ao invés disso, sentiu-se desapontado, desiludido e enganado. E então você ficou se perguntando se valeu a pena gastar tanto tempo e esforço.
O que saiu errado?
É possível que estejamos confundindo a jornada com o destino, os esforços e o resultado culminante, o processo e o produto final. Ao darmos demasiada importância ao objetivo, tendemos a esquecer ou deixar passar despercebida a importância intrínseca da jornada. Como resultado, ficamos nos perguntando se o sucesso é uma grande ilusão, e a meta um prêmio quimérico.
Com que frequência dizemos "quando eu conseguir esse cargo, serei feliz", ou "quando me formar... ou talvez quando eu tiver a casa de meus sonhos..."
Ao conseguirmos a promoção, recebermos o diploma ou construirmos a casa, ficamos satisfeitos? Provavelmente não!
A preocupação com o destino nos faz menosprezar o valor da caminhada e sua capacidade de aprimorar nosso caráter. A caminhada é muito importante, pois é nela que a vitória é alcançada e a felicidade é conseguida ou perdida. É garimpando que encontramos as pepitas da recompensa.
Que existe no cume de uma montanha que não possa ser encontrado no vale, que não seja encontrado a cada passo da jornada? Lembramos um aforismo: "Não conquistamos uma montanha. Ficamos alguns instantes no cume; então, o vento apaga nossas pegadas". Se a conquista do cume é transitória, algo que passa, deverá haver grande valor na caminhada ou ascensão ao cume.
A preocupação com o fim nos faz esquecer a excitação, o desafio e a importância do primeiro passo, da primeira dúvida, da primeira descoberta. É a excitação da possibilidade que estimula o espírito humano, e é acesa pela força da caminhada. Não podemos dar prosseguimento sem termos começado.
A jornada é uma tentativa de escalar do espírito do montanhista, de ascender ao cume do conhecimento interior, e essa pode ser uma jornada solitária. Geralmente as pessoas são insensíveis e intolerantes para com aqueles que enveredam por um caminho diferente do da multidão, que percorrem um caminho que se afasta da estrada comum. A pergunta que normalmente se fazem é: "Aonde levará este caminho? Parece que a lugar nenhum". O que não percebem é que cada passo está levando a algum lugar, cada movimento faz parte de "chegar lá".
Helena Gerenstadt
Beijos meus cheios de luz, paz, amor, fé e esperança!
Nossa, Rô, um post,mais profundo que o outro! Esse nos faz refletir e nos dá pistas para conseguirmos realizar bem nossos propósitos, nossos projetos, nossa caminhada. O posterior nos ensina a abençoar. Riqueza, amiga! Deus te abençoe!
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