A TRISTEZA DAS MÃOS' Helena Kolody
A TRISTEZA DAS MÃOS'
Helena Kolody
Mãos tristes, sulcadas de rugas,
Que choram em silêncio a dor de envelhecer...
Pensar que já foram a alma festiva,
A graça inocente dum berço, num lar.
Frágeis mãozinhas, de dedos rosados,
Brincando com a vida.
Rainhas de um mundo de legenda,
Maleável e submisso ao seu comando.
Pálidas mãos, sulcadas de renúncias!
Mãos que foram jovens, belas e triunfais,
Confiantes em si mesmas, todo-poderosas,
Capazes de curvar a fronte mais altiva,
E de alterar o curso eterno das estrelas.
Tímidas mãos, que se apagam na sombra!
Mãos feitas de luz, doces mãos liriais.
Companheiras intrépidas e leais,
Solícitas e compreensivas.
Cheias de incentivo e paciência,
Misericordiosas mãos maternais.
Velhas mãos solitárias,
Como dói recordar!
Beijos meus cheios de luz, paz, amor, fé e esperança!
Ai, Rosane, como é triste o envelhecimento do nosso corpo! É triste e feio! Muito feio! Eu não me conformo com a fragilidade. Não deveríamos passar por isso! "Vaidades das vaidades, tudo é vaidade"" O poema tem um linguajar clássico, mas bonito! Beijos amiga!
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