São Francisco de Assis
ESSE FASCINANTE FRANCESCO
ESSE FASCINANTE FRANCESCO
Nesta solenidade de Francisco de Assis lemos uma página do Eclesiástico
que é aplicada ao santo: “Era como a estrela da manhã no meio da nuvem, como a
lua cheia nos dias de festa, como o sol resplandecendo sobre o santuário do
Altíssimo”.
O
Senhor Deus Altíssimo, de quando em vez, gosta de mostrar a exuberância de seu
amor e de seus dons inventando seres humanos diferentes, santos cinzelados pelas
suas mãos de artista.
Quando o Evangelho andava perdendo seu calor e sua força na face da
terra, quando o poder parecia muito importante para os responsáveis pela Igreja,
quando as pessoas iam se esquecendo do amor de Deus manifestado na pessoa de
Jesus, Deus quis que aparecesse um ser fulgurantemente luminoso no firmamento:
Francesco de Assis, filho de Pietro de Bernardone. Seus contemporâneos puderam
ver nele o Cristo redivivo e o Evangelho reescrito.
Nada de pompa, nada de grandezas, nada de coisas solenes e vistosas. Um
garoto que cresce na loja do pai, do pai que descobre a sociedade das cidades,
que vende tecidos, que entra no cortejo dos novos poderosos e dos novos
ricos.... les nouveaux riches... Francesco, cheio de vida, cheio de
ideias e de ideais... vai compreendendo que Alguém passa, de quando em vez,
perto dele querendo que ele pense, que reflita, que não sjeja um seguidor de
modismos, que não busque pequenos ideais, que não malbarate sua vida, Alguém que
vem atrapalhar seus planos e projetos e colocar fogo em sua cabeça e em seu
coração.
Francesco beija um leproso, o doce se torna amargo, o amargo se torna
doce... e se apaixona pelo menino das palhas, pela criança que vive perto da
pobrezinha de sua mãe....pelo homem que morre como um marginal no alto da
cruz... quer ser dele, somente dele... quer tê-lo à frente, atrás e em todas as
direções. Não pedia nada. E vieram irmãos se juntar a ele, gente de Assis e
passaram a formar uma fraternidade. Pessoas morando juntas em cabanas, rezando,
conversando com as pessoas, pedindo que amassem o Amor que precisa ser amado.
Gente em estado de conversão. Pessoas que vão se chamar de irmãos
menores.
Ardia no peito de Francesco um desejo de ir longe... e foi para a
Palestina e foi se cansado e gastando. Aos poucos foi reescrevendo em sua vida a
vida de Cristo a tal ponto que quase no final de tudo, de tanto pensar na dor e
no amor de Jesus esse Francesco ganhou nas mãos, nós pés e no coração as chagas
que teve o seu Amado.
Uma força nova da Igreja: uma assembleia de pessoas menores, pessoas não
disputam com os outros, irmãos que cuidam de irmãos, irmãos estimam de verdade e
dizem ao mundo que se pode viver o Evangelho do amor, da simplicidade, da
fraternidade e da não violência.
Francisco veio para esquentar o mundo que estava se esfriando... Bendita
a existência desse Francesco , serafim de amor.
T
Frei Almir Ribeiro
Guimarães, ofm
Francisco, tomando ao pé da letra o que o crucifixo de São Damião ordenara, iniciou sua nova vida como pedreiro, ajudando a reconstruir diversas igrejas nos arredores de Assis - esta de São Damião, a de São Pedro e a da Porciúncula, que segundo São Boaventura era a que ele mais amava. Nela descobriu, em 1208 ou 1209, na leitura de uma passagem do evangelho de Mateus, as linhas gerais que orientaram sua vocação:
-
- "Ide, disse o Salvador, e proclamai em todas as partes que o Reino do Céu está aberto. Vós recebestes gratuitamente; dai sem receber pagamento. Não leveis nem ouro, nem prata nem cobre em vossos cintos, nem um alforje, nem uma segunda túnica, nem sandálias, nem o cajado de viajante, pois o trabalhador merece ser sustentado. Em qualquer vila em que entrardes procurai alguma pessoa digna, e hospedai-vos com ela até partirdes. E quando entrardes em uma casa, saudai-a; se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz."
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São Francisco rogai por nós!
Amém!
Beijos meus cheios de,
luz, paz, amor, fé e esperança!
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"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir umas das outras".