A amizade na Literatura: Santo Agostinho
S. Agostinho, 354-430, filósofo e teólogo cristão, Confissões
Nem os bosques amenos, nem os jogos e cantos, nem os lugares suavemente perfumados, nem os banquetes sumptuosos, nem os prazeres da alcova e do leito, nem, tão pouco, os livros e versos podiam disfarçar a amargura do amigo que havia perdido. Tudo me causava horror, até a própria luz.
Os meus olhos buscavam por toda a parte o amigo que a morte me levara, e o mundo não mo devolvia. Cheguei a odiar todas as coisas, porque nada o continha, e ninguém mais me podia dizer como antes, ao chegar depois de uma ausência: «Aí vem ele!»
A alma não me obedecia, e com razão, porque para mim, era mais real e melhor o amigo querido que perdera do que o fantasma que mandava que tivesse resignação.
O que mais me confortava e alegrava eram sobretudo as consolações de outros amigos, com os quais partilhava o amor por aquilo que amava em Teu lugar.
Ama-se de tal modo os amigos que a consciência se julga culpada se não é capaz de amar aquele que ama, ou se não procura retribuir o amor com amor, e apenas procura na pessoa do amigo o sinal exterior da sua benevolência.
fonte aquiSemana de luz e paz para ti!
Beijos!
Rosane!
Rô,
ResponderExcluirGosto dos sermões de Santo Agostinho. Inclusive tenho um livro dele.
Espedificamente nesse texto, Agostinho dá vida concreta ao sentimento da amizade. Ela (a amizade) é tão forte que, de fato, chegamos a sentir culpa quando não respondemos o amor do amigo com o mesmo amor.
Bom é saber que Jesus, o Amigo Maior, nos dá bons amigos, como você Rô.
Beijão e uma ótima semana pra você.