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Os butaneses estão usando sua sabedoria para ensinar ao mundo uma nova maneira de viver com prosperidade e harmonia com o planeta, sem perder as raízes e as conexões com os outros. “Infelizmente os desastres naturais e a violência se transformaram em notícias do cotidiano. Porque não mudar o foco?”, questiona Carolina.
Seja mais feliz
(Felicidade Interna Bruta)
(Felicidade Interna Bruta)
1. Não se leve tão a sério
2. Passe um dia inteiro sem usar nada de plástico
3. Mude o seu penteado de vez em quando
4. Estimule a sensibilidade dos seus pés
5. Não deixe aparelhos eletrônicos no modo “stand by”
6. Vote com consciência.
7. Leve no carro um agasalho que você não usa para doar num dia frio.
8. Divida o salário em quatro partes: gastar, investi r, poupar e doar.
9. Invista no seu sono.
10. Use o horário de almoço para algo diferente.
11. Reduza, reaproveite, recicle.
12. Sente em algum lugar e observe as pessoas.
13. Faça as pazes com o espelho.
14. Diga o que tem vontade.
15. Valorize suas tradições culturais.
16. Plante uma árvore.
17. Invista em alguma coisa que você só vai aproveitar no futuro
18. Aprenda alongamentos para fazer quando estiver parado
19. Por um dia decida algumas coisas no cara ou coroa
20. Bata o seu recorde de distribuição bom dia, obrigado, por favor
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Felicidade Interna Bruta
por Leonardo Boff
Butão é um pequeníssimo reinado hereditário nas encostas do Himalaia,
estremido entre a China, a India e o Tibet. Não tem mais que dois milhões de
habitantes, cuja maior cidade é a capital Timfú com cerca de cinquenta mil
moradores. Dentro de poucos anos está ameaçado de quase desparecer caso
os lagos do Himalaia que se estão enchendo pelo degelo transvasarem
avassaladoramente. Governado por um rei e por um monge que possui quase
a autoridade real, é considerado um dos menores e menos desenvolvidos
paises do mundo. Contudo, é uma sociedade extremamente integrada,
patriarcal e matriarcal simultaneamente, sendo que o membro mais influente se
transforma em chefe de família.
Butão possui algo único no mundo e que todos os paises deveriam imitar: o
"indice de felicidade interna bruta". Para o rei e o monge governante o que
conta em primeiro lugar não é o Produto Interno Bruto medido por todas as
riquezas materiais e serviços que um pais ostenta, mas a Felicidade Interna
Bruta, resultado das políticas públicas, da boa governança, da equitativa
distribuição da renda que resulta dos excedentes da agricultura de
subsistência, da criação de animais, da extração vegetal e da venda de energia
à India, da ausência de corrupção, da garantia geral de uma educação e saúde
de qualidade, com estradas transitáveis nos vales férteis e nas altas
montanhas, mas especialmente fruto das relações sociais de cooperação e de
paz entre todos. Isso não chegou a evitar conflitos com o Nepal, mas não tem
desviado o propósito humanístico do reinado. A economia que no mundo
globalizado é o bezerro de ouro, comparece como um dos items no conjunto
dos fatores a serem considerados.
Por detrás deste projeto político funciona uma imagem multimensional do ser
humano. Supõe o ser humano como um nó de relações orientado em todas as
direções, que possui sim fome de pão como todos os seres vivos mas
principalmente é movido pela fome de comunicação, de convivência e de paz
que não podem ser compradas no mercado ou na bolsa. Função de um
governo é atender à vida da população na multiplicidade de suas dimensões. O
seu fruto é a paz. Na iniqualável compreensão que a Carta da Terra elaborou
da paz, esta "é a plenitude que resulta das relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, com outras culturas, com outras vidas, com a Terra e com
o Todo maior do qual somos parte"(IV,f).
A felicidade e a paz não são construidas pelas riquezas materiais e pelas
parafernálias que nossa civilização materialista e pobre nos apresenta. No ser
humano ela vê apenas o produtor e o consumidor. O resto não lhe interessa.
Por isso temos tantos ricos desesperados, jovens de famílias abastadas se
suicidando por não verem mais sentido na superabundância. A lei do sistema
dominante é: quem não tem, quer ter, que tem, quer ter mais, quem tem mais
diz: nunca é suficiente. Esquecemos que o que nos traz felicidade é o
relacinamento humano, a amizade, o amor, a generosidade, a compaixão e o
respeito, realidades que valem mas não têm preço. O dramático está em que
esta civilização humanamente pobre está acabando com o Planeta no afã de
ganhar mais quando o esforço seria o de viver em harmonia com a natureza e
com os demais seres humanos.
Butão nos dá um belo exemplo desta possibilidade. Sábia foi a observação de
um pobre de nossas comunidades que comentou: "Aquele homem é tão pobre
mas tão pobre que tem apenas dinheiro". E era notoriamente infeliz.
Sábado, 15 de Septiembre de 2007
Beijos meus, cheios de ...
luz, paz, amor fé e esperança!
Rosangela
ResponderExcluirBelos textos!
Ontem fui assistir a uma contadora de histórias para adulto.
adorei!
com amizade Monica
Rô, parece uma grande utopia, não? O país tão pequeno e com grande lição de vida para mostrar. Gostei bastante e Boff sabe como escrever encantando. Lindo dia! Beijos!
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